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Para EUA, ataque na Síria foi pior crime humanitário em 2013

Ataque com armas químicas ocorrido no final de agosto do ano passado teria matado mais de 1,4 mil pessoas


	Garotas que sobreviveram ao suposto ataque com armas químicas descansam em mesquita na região de Damasco, na Síria, em agosto do ano passado
 (REUTERS/Mohamed Abdullah)

Garotas que sobreviveram ao suposto ataque com armas químicas descansam em mesquita na região de Damasco, na Síria, em agosto do ano passado (REUTERS/Mohamed Abdullah)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 17h54.

Washington - O ataque com armas químicas na Síria de 21 de agosto, que, segundo os Estados Unidos, teria matado mais de 1,4 mil pessoas, foi considerado a pior violação de direitos humanos no mundo em 2013, apontou relatório do Departamento de Estado norte-americano nesta quinta-feira.

O levantamento destacou outros abusos, citando o Irã, por manipulação das eleições e restrições às liberdades civis, a Coreia do Norte, por relatos de tortura, execuções e detenções sem julgamento e a Bielo-Rússia, por espancamentos de manifestantes e falta de transparência no governo autoritário.

Mas o departamento salientou que o ataque com armas químicas de 21 de agosto nos

subúrbios de Damasco, capital da Síria, foi "um dos muitos horrores de uma guerra civil cheia de inúmeros crimes contra a humanidade, desde tortura e assassinato de prisioneiros até o uso de bombas de barril e mísseis Scud, que ceifaram mais de 100 mil vidas". "A tragédia que se abateu sobre o povo sírio se destaca em escopo e custo humano", concluiu o relatório.

Os EUA afirmam que pelo menos 1.429 pessoas, incluindo mais de 400 crianças,

foram mortas no ataque. Os EUA citam relatórios de inteligência, mas não esclarecem detalhes sobre como o número foi obtido. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, grupo de oposição com sede na Grã-Bretanha, que reúne informações de uma rede de ativistas contra o regime sírio, informou um número de mortos muito menor.

O relatório sobre 2013 também destacou a repressão do governo em protestos pacíficos na Ucrânia e a recusa da Rússia em punir responsáveis por abusos aos direitos humanos. Fonte: Associated Press.

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