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EUA atacou mais de mil alvos no Iêmen desde meados de março, diz Pentágono

Campanha aérea contra rebeldes huthis incluiu apoio do Reino Unido e resultou na morte de combatentes e líderes

Campanha aérea no Iêmen: EUA e Reino Unido ampliam ofensiva contra huthis após ataques a navios no Mar Vermelho (MOHAMMED HUWAIS / AFP)

Campanha aérea no Iêmen: EUA e Reino Unido ampliam ofensiva contra huthis após ataques a navios no Mar Vermelho (MOHAMMED HUWAIS / AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 30 de abril de 2025 às 07h41.

As forças militares dos Estados Unidos atacaram mais de 1.000 alvos no Iêmen desde que Washington lançou uma campanha aérea contra os rebeldes huthis em meados de março, disse o Pentágono nesta terça-feira, 29.

Os huthis, que controlam vastas áreas do Iêmen, começaram a atacar embarcações no Mar Vermelho e no Golfo de Áden no final de 2023, alegando solidariedade com os palestinos em Gaza, devastada pelo exército de Israel após um ataque surpresa do Hamas em outubro daquele ano.

Também atribuem regularmente lançamentos de mísseis diretamente a Israel, que afirma interceptá-los.

Desde 15 de março, "os ataques do Centcom [comando militar americano para o Oriente Médio] atingiram mais de 1.000 alvos, matando combatentes e líderes huthis [...] e degradando suas capacidades", declarou nesta terça, em comunicado, Sean Parnell, um porta-voz do Pentágono.

Reino Unido se junta a ofensiva americana

O Reino Unido acrescentou nesta quarta-feira (30, data local) que se juntou aos Estados Unidos nos ataques mais recentes contra os huthis.

"As forças britânicas participaram de uma operação conjunta com as forças americanas contra um alvo militar huthi no Iêmen", afirmou o Ministério da Defesa em comunicado.

Segundo o texto, a Real Força Aérea britânica atacou pela noite edifícios situados cerca de 25 km ao sul da capital iemenita Sanaa, utilizados pelos rebeldes para fabricar drones.

O Reino Unido participa dos bombardeios liderados por Washington contra os rebeldes desde o início de 2024.

Mortes de civis sob investigação

No domingo, o Centcom havia estimado em mais de 800 os alvos atingidos desde meados de março e garantiu que centenas de combatentes huthis haviam morrido como consequência.

Horas depois desse anúncio, meios de comunicação controlados pelos huthis afirmaram que os ataques americanos haviam atingido um centro de detenção de migrantes na cidade de Saada, matando pelo menos 68 pessoas, enquanto um porta-voz da ONU disse mais tarde que as informações preliminares indicavam que os mortos eram de fato migrantes.

Segundo um funcionário da Defesa dos Estados Unidos, as baixas civis desses ataques estão sendo investigadas.

Impacto nos fluxos comerciais globais

Os ataques dos huthis, apoiados pelo Irã, impediram o trânsito de navios pelo Canal de Suez, uma rota vital por normalmente transita cerca de 12% do comércio mundial.

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