Mundo

EUA atacam barco na Venezuela em meio à guerra de Trump contra traficantes

Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, diz que quatro pessoas morreram quando um suposto barco de tráfico de drogas foi atingido na sexta-feira

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 3 de outubro de 2025 às 15h13.

Tudo sobreVenezuela
Saiba mais

O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, declarou que foi realizado, nesta sexta-feira, 3, um ataque militar a uma embarcação proveniente da Venezuela que transportava drogas, resultando na morte de quatro pessoas.

O governo de Donald Trump está implementando uma estratégia agressiva contra narcotraficantes, tratando-os como combatentes ilegais em guerra contra os Estados Unidos.

“Nossa inteligência não deixou dúvidas: essa embarcação estava transportando narcóticos, as pessoas a bordo eram narcoterroristas e operavam em uma rota de tráfico conhecida”, afirmou Hegseth. “Esses ataques continuarão até que os ataques ao povo americano parem!!!”

Em uma postagem na sua conta no X, Hegseth divulgou um vídeo mostrando uma lancha acelerando por águas não especificadas antes de ser destruída em uma grande explosão. O vídeo é similar aos que o governo Trump havia publicado anteriormente sobre ataques a embarcações, e mais uma vez não foi possível verificar detalhes como a localização da embarcação, seu destino, o número de pessoas a bordo ou o que ela transportava.

Esse último ataque eleva o número de mortos a pelo menos 18 em três ações militares dos EUA contra supostos traficantes de drogas. O presidente Donald Trump havia mencionado anteriormente que os EUA haviam "destruído" um quarto barco, mas não forneceu detalhes adicionais.

Ataques anteriores a essas embarcações geraram críticas tanto no país quanto no exterior, com especialistas e membros do Congresso acusando o governo de realizar execuções extrajudiciais de civis, segundo a Bloomberg. Em defesa dessas ações, Washington argumentou que a resposta tradicional da polícia aos cartéis de drogas é insuficiente e que é necessária uma ação militar mais contundente.

Baseando-se na sua avaliação de que os EUA estão em um "conflito armado não internacional" com os grupos designados, Trump ordenou ao Departamento de Defesa que "realize operações contra eles de acordo com a lei de conflitos armados".

Essa postura, no entanto, não afastou as críticas. O senador Jack Reed, de Rhode Island, principal democrata no Comitê de Serviços Armados do Senado, afirmou em uma publicação no X: "Todos os americanos deveriam se preocupar com o fato de o presidente Trump acreditar que pode travar guerras secretas contra qualquer um que ele decida chamar de inimigo."

Na mesma publicação, Hegseth relatou que nenhum militar americano foi ferido durante a operação mais recente.

Acompanhe tudo sobre:VenezuelaEstados Unidos (EUA)Donald TrumpTráfico de drogasNicolás Maduro

Mais de Mundo

China pressiona Trump a suspender restrições comerciais enquanto mantém promessa de investimento

Nova legislação e penas mais severas: o que outros países fizeram após intoxicação por metanol

Governo Trump aprova nova pílula de aborto e gera revolta entre conservadores

Trump corta mais de US$ 7,5 bi em subsídios de energia renovável em estados democratas