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EUA aprovam sanções contra funcionários da Venezuela

Câmara de Representantes adotou, de maneira unânime, a iniciativa que proíbe a entrada nos Estados Unidos dos supostos responsáveis pela repressão


	Congresso dos EUA: texto visa a funcionários acusados de dirigir e apoiar "atos de violência e abusos sérios dos direitos humanos" contra manifestantes anti-governamentais na Venezuela
 (Reuters / Jason Reed)

Congresso dos EUA: texto visa a funcionários acusados de dirigir e apoiar "atos de violência e abusos sérios dos direitos humanos" contra manifestantes anti-governamentais na Venezuela (Reuters / Jason Reed)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2014 às 08h11.

O Congresso dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira uma lei que impõe sanções contra funcionários venezuelanos acusados de violações dos direitos humanos de manifestantes opositores durante a onda de protestos registrada no início de 2014 na Venezuela.

A Câmara de Representantes adotou, de maneira unânime, a iniciativa já votada na segunda-feira pelo Senado, que proíbe a entrada nos Estados Unidos dos supostos responsáveis pela repressão e bloqueia seus bens no território americano.

A votação envia aos venezuelanos um "forte sinal" de que "o Congresso americano escuta, vê e sente seu sofrimento", disse a congressista Ileana Ros-Lehtinen, que apresentou o projeto à Câmara.

O presidente Barack Obama deve sancionar a lei, já que a Casa Branca adiantou que não se opõe à adoção de novas sanções contra a Venezuela.

O texto visa a funcionários acusados de dirigir e apoiar "atos de violência e abusos sérios dos direitos humanos" contra manifestantes anti-governamentais na Venezuela.

"Os indivíduos atrás das violações dos direitos humanos na Venezuela não poderão seguir se escondendo e serão responsabilizados", disse o senador Robert Menéndez, que promoveu a lei no Senado.

A Venezuela, atolada em uma polarização política, foi abalada entre fevereiro e maio por protestos opositores que, incitados pela escassez de alimentos e falta de segurança, deixaram 43 mortos.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou grupos de direita apoiados pelos Estados Unidos de promoverem a onda de protestos.

Após as manifestações, os Estados Unidos tacharam repetidas vezes de inoportunas as sanções contra o governo venezuelano, mas os esforços falidos de aliados latino-americanos para diminuir as tensões entre opositores e oficialistas fizeram com que Obama mudasse de opinião.

Em agosto, o Departamento de Estado negou o visto a 24 funcionários venezuelanos supostamente envolvidos em violações dos direitos humanos durante os protestos.

Caracas e Washington mantêm relações diplomáticas tensas desde a chegada ao poder do finado presidente Hugo Chávez (1999-2013), mas os Estados Unidos são o principal comprador do petróleo venezuelano.

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