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EUA aprova primeira vacina contra chikungunya

Imunização será comercializada com o nome Ixchiq e é autorizada para pessoas com mais de 18 anos

Técnico de laboratório estuda mosquitos portadores do vírus chikungunya em um laboratório de saúde pública em Acapulco, México (Agence France-Presse/AFP)

Técnico de laboratório estuda mosquitos portadores do vírus chikungunya em um laboratório de saúde pública em Acapulco, México (Agence France-Presse/AFP)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 10 de novembro de 2023 às 08h43.

Os Estados Unidos aprovaram, nesta quinta-feira, 9, uma vacina do grupo Valneva contra a chikungunya, a primeira contra essa doença viral presente na região das Américas, que se propaga pela picada de mosquitos.

A vacina será comercializada com o nome Ixchiq e é autorizada para pessoas com mais de 18 anos, que estão mais expostas ao vírus, informou a agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, FDA, em um comunicado.

Os sintomas mais comuns da infecção são febre e dor nas articulações, mas o vírus também pode causar irritação na pele. A dor severa nas articulações dura alguns dias, mas pode persistir durante meses, e inclusive anos.

A chikungunya "é uma ameaça emergente para a saúde mundial, com pelo menos cinco milhões de casos de infecção" pelo vírus registrados durante os últimos 15 anos, informa a FDA.

O maior risco de infecção está nas regiões tropicais e subtropicais da África, no sudeste asiático e, desde o fim de 2013, em partes das Américas.

"A infecção pelo vírus chikungunya pode provocar doenças graves e problemas de saúde prolongados, especialmente em pessoas da terceira idade e indivíduos com problemas médicos subjacentes", explica Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa de Produtos Biológicos da FDA, citado no comunicado.

A vacina consiste em uma dose injetável e contém uma versão atenuada do vírus chikungunya, uma técnica de imunização usada com frequência.

Dois ensaios clínicos

Foram realizados dois ensaios clínicos na América do Norte com milhares de pessoas.

Os principais efeitos secundários são dores de cabeça ou musculares, fadiga e inclusive náuseas e em poucos casos foram observadas reações mais graves, afirmou a FDA.

Dois participantes do ensaio clínico que receberam a vacina tiveram que ser hospitalizados.

Até agora, não existia uma vacina ou tratamento com medicamentos antivirais para esta enfermidade, cujo nome procede da língua africana makonde e significa "curvar-se de dor".

A única forma de evitar a chikungunya, descrito pela primeira vez durante um surto no sul da Tanzânia em 1952, era utilizar repelentes de insetos.

Para ser transmitido, o vírus necessita de um vetor, que é o mosquito, e só é possível padecer da doença uma vez, pois a pessoa desenvolve imunidade por toda a vida, explica a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em seu site.

As mães que têm chikungunya durante a gestação "não transmitem o vírus a seus bebês", mas há relatos de casos de transmissão materna ao recém-nascido quando a mãe tem febre alguns dias antes ou no momento do parto, acrescenta.

A Valneva também apresentou um pedido de autorização à Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês).

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