O subsecretário do Tesouro, Neal Wolin, acredita que a crise na Irlanda não afetará os EUA (Alex Wong/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2010 às 12h22.
Bruxelas, 18 nov (EFE).- O subsecretário do Tesouro americano, Neal Wolin, avaliou nesta quinta-feira que a rapidez será um elemento crucial para solucionar a crise financeira da Irlanda e evitar um agravamento da situação econômica na zona do euro.
"Aprendemos ao longo deste ano que é melhor lidar com este tipo de assunto com agilidade", explicou Wolin em Bruxelas, onde se reuniu para discutir sobre a coordenação da regulação financeira dos dois países.
O subsecretário do Tesouro americano também expressou sua convicção de que a União Europeia (UE) e as autoridades da Irlanda, com as quais mantém estreitos contatos, "vão superar suas dificuldades, pois contam com as ferramentas adequadas para isso".
Em todo caso, Wolin descartou que a crise na Irlanda terá algum efeito colateral sobre a economia americana.
"Não acho que isso terá nenhum impacto significativo na economia americana", disse Wolin, que deixa Bruxelas nesta quinta-feira, após se reunir com o comissário do Mercado Interno e Serviços Financeiros da UE, Michel Barnier, encarregado da reforma financeira no bloco europeu.
Uma comissão técnica da Comissão Europeia (órgão executivo da UE), do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) chegará nesta quinta-feira a Dublin para avaliar as necessidades financeiras da Irlanda e preparar um programa de ajuda financeira, caso as autoridades irlandesas decidam solicitá-lo.
A chanceler alemã, Angela Merkel, encorajou o Governo da Irlanda a aceitar o plano caso o país considerar necessário.
"Temos um mecanismo de resgate europeu e ele foi elaborado especificamente para uma situação como essa", declarou a chanceler nesta quinta-feira.
Além disso, Merkel anunciou que quer instaurar a partir de 2013 um mecanismo comunitário de resgate permanente para evitar novas crises financeiras como a atual.
"É preciso criar um mecanismo anticrise permanente", indicou a chanceler. Para ela, quanto mais rápido discutir as questões da zona do euro, melhor será para amenizar as incertezas nos mercados e, por consequência, a volatilidade.