A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, discursa durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o tema "Liderança para a Paz" na sede das Nações Unidas na cidade de Nova York em 25 de setembro de 2024 (Leonardo Munoz/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 2 de outubro de 2024 às 12h59.
A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, deixou claro ao Conselho de Segurança do órgão, reunido em uma sessão de emergência dedicada à crescente tensão no Líbano, que o seu país apoia Israel “totalmente, totalmente, totalmente”.
A representante americana na ONU não dividiu a culpa pela escalada da tensão na região após uma série de ataques e represálias entre Irã e Israel, como fizeram outros membros do Conselho, e colocou a responsabilidade exclusivamente no Irã.
“Serei clara: o regime iraniano será responsabilizado por suas ações - e alertamos fortemente contra qualquer tentativa do Irã e de seus peões de agir contra os EUA - e por suas ações contra Israel”, declarou Thomas-Greenfield, além de frisar que o Conselho é chamado hoje para “condenar inequivocamente o ataque do Irã e exigir que ele cesse seu apoio ao terrorismo na região”.
Em nenhum momento ela criticou Israel, nem pediu moderação na eventual resposta contra o Irã.
“Que não haja dúvidas: os EUA continuarão apoiando o direito de Israel de se defender contra o Hezbollah, o Hamas, os houthis (no Iêmen) e qualquer outro terrorista apoiado pelo Irã”, acrescentou Thomas-Greenfield.
A diplomata só ressaltou que “a forma como Israel se defende importa” porque “deve tomar as medidas para minimizar os danos aos civis”.