Mundo

EUA anunciarão plano para cortar emissões de carbono em 32%

"A mudança climática não é um problema para outra geração", disse o presidente americano, Barack Obama, em vídeo divulgado hoje no Facebook.


	O presidente americano, Barack Obama
 (Yuri Gripas/Reuters)

O presidente americano, Barack Obama (Yuri Gripas/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2015 às 12h49.

Washington - O governo dos Estados Unidos anunciará na segunda-feira um plano para reduzir em 32% as emissões de carbono das usinas termoeléctricas até 2030 em relação aos níveis de 2005, segundo anteciparam neste domindo os principais jornais do país.

A medida é a versão definitiva de uma ordem executiva conhecida como "Plano de Energia Limpa" que o governo americano antecipou há um ano e que, após um período de críticas e mudanças, é ainda mais ambiciosa, de acordo com os detalhes obtidos pelos jornais "Washington Post" e "Wall Street Journal".

A norma apresentada pela Agência de Proteção Meio Ambiental (EPA, sigla em inglês) traçava como objetivo a redução das emissões em 30% para 2030, e sua versão definitiva aumenta essa meta até 32%.

"A mudança climática não é um problema para outra geração. Por isso, na segunda-feira, minha Administração apresentará a versão final do 'Plano de Energia Limpa' dos EUA, o maior e mais importante passo que nunca tomamos para combater a mudança climática", disse o presidente americano, Barack Obama, em vídeo divulgado hoje pela Casa Branca em sua página oficial no Facebook.

Obama ressaltou durante o vídeo que se nega a "condenar filhos e netos a um planeta que já não pode mais ser salvo".

O plano, considerado a peça-chave da agenda de Obama contra a mudança climática, enfrentará com toda certeza uma notável resistência da oposição republicana, da indústria do carvão e dos estados mais dependentes dessa fonte de energia.

Cada estado deverá elaborar planos para reduzir suas emissões com base em metas personalizadas que serão definidas pela EPA, e terão dois anos a mais que o previsto para começarem a avançar em direção às metas, de acordo com o "Washington Post".

A medida complementa o objetivo geral com o qual os Estados Unidos se comprometeram perante a ONU visando a conferência global sobre a mudança climática, que será realizada em dezembro em Paris.

Essa meta, formalizada em março, consiste em que os EUA reduzam para 2025 suas emissões de efeito estufa - no total, não só as procedentes de usinas termoeléctricas - entre 26% e 28 % em relação aos níveis de 2005.

A cúpula de Paris pretende fechar um acordo global que evite que o aquecimento global ultrapasse os dois graus centígrados a respeito dos valores pré-industriais, e os EUA buscam com suas medidas se tornar uma referência para outros países industrializados e emergentes.

Além de combater a mudança climática, a Administração de Obama argumenta que sua nova medida para reduzir a dependência do carvão repercutirá em faturas elétricas mais baixas para os consumidores em 2030 e em melhoras na saúde pública.

No entanto, quando foi publicada a regra preliminar no ano passado, tanto a oposição republicana como a Câmara de Comércio americano argumentaram que a norma destruiria postos de trabalho e custaria bilhões de dólares à economia.

Veja o vídeo divulgado pela casa Branca:

Acompanhe tudo sobre:Países ricosEstados Unidos (EUA)Meio ambienteEmissões de CO2Carbono

Mais de Mundo

Lula diz que abordará guerra da Ucrânia com Trump: ‘Quem sabe nossa química seja levada ao Putin’

Governo dos EUA diz que não pretende sair da ONU, apenas dar um 'empurrão'

Lula diz que ficou feliz com 'química' com Trump: 'falei a ele que temos muito o que conversar’

Lula se comprometeu a fazer ‘tudo o que estiver ao seu alcance’ para ajudar a Ucrânia, diz Zelensky