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EUA anunciam Turquia no comando da luta contra jihadistas

Turquia tinha expressado reticências quanto a uma participação em coalização em parte porque o EI detinha 49 cidadãos turcos, que foram libertados no sábado

O chanceler turco, Mevlut Cavusoglu: Turquia estará na linha de frente em ofensiva contra jihadistas do Estado Islâmico (Maja Hitij/AFP)

O chanceler turco, Mevlut Cavusoglu: Turquia estará na linha de frente em ofensiva contra jihadistas do Estado Islâmico (Maja Hitij/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 15h47.

Nações Unidas - A Turquia concordou em se unir à coalizão internacional contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) e estará na "linha de frente" neste esforço, declarou nesta terça-feira o secretário de Estado americano, John Kerry, depois de se reunir com o colega turco Mevlut Cavusoglu.

"A Turquia é membro de pleno direito desta coalizão e estará engajados na linha de frente", disse Kerry.

A Turquia tinha, até então, expressado reticências quanto a uma participação nesta coalização em parte porque o EI detinha 49 cidadãos turcos, que acabaram sendo libertados no sábado.

Os reféns turcos, que haviam sido sequestrados em junho em Mossul (norte do Iraque), foram libertados em troca de 50 membros do EI, segundo a imprensa turca.

Por sua vez, Cavusoglu informou que a Turquia havia identificado e expulsado mais de 1.000 combatentes estrangeiros de 75 países.

"A Turquia tem desempenhado um papel muito importante neste fardo. Investimos recursos para a identificação e deportação de mais de 1.000 combatentes terroristas estrangeiros de quase 75 países", disse o ministro turco durante um fórum sobre a luta contra o terrorismo, à margem da Assembleia Geral da ONU em Nova York.

Ancara tem sido frequentemente acusado de manter uma relação ambígua com os jihadistas estrangeiros que atravessam a fronteira para lutar na Síria.

Embora sempre tenha negado veementemente, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, é acusado de apoiar os grupos rebeldes sírios mais radicais, incluindo o EI, para acelerar a queda do regime do presidente Bashar al-Assad.

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