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EUA anuncia retirada de diplomatas do Iraque em meio a tensões com o Irã

Departamento de Estado afirmou ter decidido reduzir sua presença em Bagdá, enquanto o Reino Unido emitiu um alerta para a região

Agência o Globo
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Publicado em 11 de junho de 2025 às 19h51.

Última atualização em 11 de junho de 2025 às 20h07.

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O Departamento de Estado anunciou nesta quarta-feira que decidiu reduzir sua presença diplomática no Iraque, à medida que as tensões no Oriente Médio aumentam em meio a sinais de impasse nas negociações nucleares entre os Estados Unidos e o Irã.

A decisão dos EUA, junto com um alerta do Reino Unido sobre novas ameaças à navegação comercial no Oriente Médio, veio poucas horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarar, em um podcast divulgado nesta quarta-feira, que está “menos confiante” quanto às chances de um acordo com o Irã que limite sua capacidade de desenvolver armas nucleares.

Negociadores americanos e iranianos planejam se reunir ainda nesta semana para uma nova rodada de negociações, embora Trump tenha afirmado na segunda-feira que o Irã adotou uma posição de negociação “inaceitável”.

O alerta britânico veio da agência de comércio marítimo do país, que divulgou um comunicado público informando ter sido “alertada sobre tensões crescentes na região que podem levar a uma escalada de atividades militares com impacto direto sobre os navegadores”. A agência aconselhou embarcações comerciais que transitem pelo Golfo Pérsico, Golfo de Omã e Estreito de Ormuz a adotarem precauções adicionais.

O clima de alerta aumentou com as declarações do ministro da Defesa do Irã, general Aziz Nasirzadeh, que advertiu nesta quarta-feira que, em caso de conflito após o fracasso das negociações nucleares, os Estados Unidos sofreriam pesadas perdas com ataques iranianos às bases americanas no Oriente Médio. Suas declarações foram divulgadas pela Agência de Notícias da República Islâmica do Irã.

O Departamento de Estado não informou quantos funcionários seriam retirados do Iraque nem os motivos específicos. A Associated Press noticiou nesta quarta que funcionários não essenciais dos EUA seriam retirados de Bagdá e que funcionários não essenciais e familiares de diplomatas haviam sido autorizados a deixar as embaixadas americanas no Bahrein e no Kuwait.

Enquanto isso, o Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pode votar uma resolução para censurar o Irã. A medida pode dar início a um processo de reativação das sanções da ONU ao país, por meio de um mecanismo previsto no acordo nuclear firmado por Teerã com potências globais em 2015 — pacto que permanece parcialmente em vigor até outubro.

Em meio às notícias sobre a possível evacuação de embaixadas, a missão iraniana na ONU publicou em suas redes sociais que “ameaças de força esmagadora não mudarão os fatos”. A representação também afirmou que o Irã “não busca uma arma nuclear, e o militarismo dos Estados Unidos apenas alimenta a instabilidade”.

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