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Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 18h12.
Washington - O Governo dos EUA vai impor sanções unilaterais contra a Líbia e tentará coordenar sanções internacionais perante o uso da violência por parte do regime de Muammar Kadafi, anunciou hoje a Casa Branca.
Em entrevista coletiva diária, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, indicou que entre outras coisas os Estados Unidos congelaram a venda de armas à Líbia e a "limitada" cooperação militar existente entre os dois países.
Além disso, os Estados Unidos coordenam a imposição de sanções multilaterais com seus aliados, indicou Carney. Entre as medidas que consideram para fazer com que o regime de Kadafi "preste contas" estão incluídos a imposição de um embargo de armamento e o congelamento de fundos do regime.
Dentro do processo de coordenação, o presidente americano, Barack Obama, se reunirá na próxima segunda-feira com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na Casa Branca, anunciou o porta-voz.
O anúncio das medidas ocorre apenas uma hora depois que um avião com os últimos cidadãos americanos partiu da Líbia, incluindo os últimos diplomatas presentes no país.
Após a partida deste avião e a chegada a Malta de um barco com a maioria dos cidadãos americanos evacuados, a Embaixada dos EUA em Trípoli foi "fechada", indicou o porta-voz, até que se restabeleça a normalidade no país.
Na quinta-feira, o Departamento de Estado pediu aos cidadãos americanos que abandonasse a Líbia de maneira imediata.
Sobre a simultaneidade da evacuação com o anúncio de sanções, o porta-voz presidencial insinuou que a Casa Branca adiou a imposição de sanções até ter a segurança de que seus cidadãos estavam a salvo.
"Está em nossa obrigação garantir a segurança dos cidadãos americanos e de nos assegurar que as medidas que tomamos são as apropriadas. Estes foram os princípios que guiaram" o comportamento do Governo americano desde que começou a crise líbia há 11 dias, explicou.
Segundo ele, "Kadafi perdeu a confiança de sua gente, está impondo uma violência brutal contra seu povo e perdeu toda legitimidade aos olhos das pessoas".