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EUA anunciam devolução de imigrantes ao México

O governo informou que certos solicitantes de asilo não ficarão em liberdade, mas serão devolvidos ao México enquanto seus casos são resolvidos

EUA: 90% das solicitações de asilo são rechaçadas em última instância, informou o governo (Alex Proimos from Sydney, Australia/Wikimedia Commons)

EUA: 90% das solicitações de asilo são rechaçadas em última instância, informou o governo (Alex Proimos from Sydney, Australia/Wikimedia Commons)

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EFE

Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 09h13.

Última atualização em 25 de janeiro de 2019 às 12h04.

Washington - O Governo dos Estados Unidos anunciou que devolverá alguns solicitantes de asilo ao México à espera que a Justiça resolva seus casos, em uma nova estratégia que, segundo o "The Washington Post", pode ser colocada em prática a partir desta sexta-feira.

O Departamento de Segurança Nacional (DHS) dos EUA explicou, em comunicado divulgado ontem à noite, que certos solicitantes de asilo já não ficarão em liberdade no país como até agora, mas serão devolvidos ao México enquanto seus casos são resolvidos.

A estes imigrantes, será permitido retornar aos EUA para comparecer diante de um juiz quando forem citados em audiência.

O "The Washington Post", que cita funcionários americanos, informou que os primeiros retornos ocorrerão nesta sexta-feira no porto fronteiriço de São Ysidro, no limite entre São Diego (Califórnia) e Tijuana (Baixa Califórnia).

Os Estados Unidos pretendem reduzir assim os casos de "asilo fraudulento", nos quais os imigrantes, embora dizem que vão pedir asilo, "frequentemente não apresentam uma solicitação de asilo e/ou desaparecem antes de um juiz de imigração determinar os méritos de qualquer pedido".

Segundo dados do Governo dos EUA, 90% das solicitações de asilo são rechaçadas em última instância.

A secretária do DHS, Kirstjen Nielsen, disse que a nova medida "não tem precedentes" e afirmou que ajudará a pôr fim ao abuso "das generosas" leis migratórias americanas, assim como a abordar a "urgente crise humanitária" na fronteira sul.

O presidente dos EUA, Donald Trump, mostrou certa obsessão nos últimos meses com a chegada de solicitantes de asilo nas chamadas caravanas migratórias procedentes da América Central e integradas por milhares de imigrantes.

Cerca de 10 mil imigrantes esperam nestes momentos seu ingresso no México na fronteira com a Guatemala em uma dessas caravanas e cerca de 2 mil ingressaram na semana passada a esse país sem cumprir com os protocolos requeridos pelo Governo de Andrés Manuel López Obrador.

Segundo o DHS, o México será responsável por fornecer ajuda humanitária aos imigrantes retornados enquanto esperam nesse país a resolução de seus casos.

Fontes do Governo do México indicaram à Agência Efe que o país só receberá seus cidadãos ou estrangeiros com uma condição legal prévia.

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