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EUA anunciam a retirada de todo seu pessoal diplomático da Venezuela

Maduro já havia expulsado diplomatas americanos, mas país ignorou medida por não reconhecer venezuelano como presidente

Venezuela: país passa por crise política e econômica (Isaac Urrutia/Reuters)

Venezuela: país passa por crise política e econômica (Isaac Urrutia/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de março de 2019 às 06h27.

Washington - O governo dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira que vai retirar ao longo desta semana seu pessoal diplomático que ainda prossegue em sua embaixada de Caracas, por conta da deterioração da "situação" na Venezuela.

"Esta decisão reflete a deterioração da situação na Venezuela, bem como a conclusão de que a presença do pessoal diplomático na embaixada se tornou um obstáculo para a política dos EUA", afirmou o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.

Washington já havia ordenado, no dia 24 de janeiro, a saída da Venezuela de seu pessoal diplomático não essencial, embora tenha deixado um grupo de funcionários para administrar a embaixada em Caracas com "capacidade limitada de prestar serviços de emergência aos cidadãos americanos".

A decisão do dia 24 de janeiro foi tomada no dia seguinte ao governo de Nicolás Maduro ordenar a expulsão de todos os funcionários diplomáticos dos EUA na Venezuela e após o reconhecimento, por parte do presidente Donald Trump, do líder da oposição Juan Guaidó como mandatário venezuelano.

Os EUA, no entanto, responderam que não iriam retirar seu pessoal por não reconhecer a autoridade de Maduro, se referindo a ele como "ex-presidente".

Washington lidera uma estratégia internacional para depor Maduro e entregar o poder a Guaidó, que recebeu o reconhecimento de mais de 50 países, entre eles o Brasil.

Maduro, por sua vez, é apoiado pela Rússia e China, assim como Cuba, México e Bolívia.

Tanto Trump como os seus assessores mais próximos em Washington repetiram que "todas as opções", incluindo a militar, "estão sobre a mesa" para tirar a Maduro do poder.

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