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EUA alertam Rússia sobre violação de tratado antimísseis

Segundo o NYT, que cita funcionários do governo americano, a Rússia mobilizou um míssil de alcance médio no sudeste do país

Pentágono: a ação seria uma violação do tratado sobre as Forças Nucleares Intermediárias (FNI), firmado em 8 de dezembro de 1987 (AFP/AFP Photo)

Pentágono: a ação seria uma violação do tratado sobre as Forças Nucleares Intermediárias (FNI), firmado em 8 de dezembro de 1987 (AFP/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 21h17.

Os Estados Unidos voltaram a advertir a Rússia, nesta terça-feira (14), que seu governo viola desde 2014 um tratado que proíbe os mísseis de alcance médio, depois de a imprensa americana ter informado que Moscou teria deslocado esse tipo de arma secretamente.

Segundo o jornal The New York Times, que cita funcionários de alto escalão do governo americano, a Rússia mobilizou esse míssil, sobretudo, no sudeste do país.

A ação seria uma violação do tratado sobre as Forças Nucleares Intermediárias (FNI), firmado em 8 de dezembro de 1987, entre a então União Soviética e os Estados Unidos. Esse acordo teria contribuído para o fim da Guerra Fria.

Em 2014, Washington já havia alertado Moscou após um teste de míssil de cruzeiro terrestre, uma arma proibida pelo tratado FNI.

Em resposta, em 2015, o Pentágono disse estar disposto a enviar novos mísseis para a Europa.

Interrogado pela AFP, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Mark Toner, negou-se - como é habitual - a "comentar temas ligados à Inteligência [militar]".

Toner destacou, porém, que os EUA "levam a sério seus compromissos internacionais e suas obrigações em matéria de controle de armamentos".

Ele se referiu a um informe americano de 2016 que acusa "a Federação Russa de continuar violando o tratado FNI, o qual a obriga a não possuir, produzir, ou testar em voo um míssil de cruzeiro de alcance de 500 a 5.500 km".

"Estamos muito certamente preocupados com as violações russas, com os perigos que representam para a segurança da Europa e da Ásia, e desejamos vivamente que a Rússia se atenha novamente a esse tratado", declarou Toner.

Em 2014, Moscou já havia indicado que as acusações americanas eram "infundadas".

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