Mundo

EUA alertam que intervenção russa inflamará guerra civil

As ações "ilógicas" de Moscou, que segundo os EUA atacaram grupos opositores ao regime de Bashar al Assad, "prolongarão o sofrimento dos sírios", disse Carter


	Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter: esses ataques "farão com que todo o mundo se volte contra a Rússia, se transformarão em um 'bumerangue' para a Rússia de um modo muito direto"
 (Reuters / Jonathan Brady)

Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter: esses ataques "farão com que todo o mundo se volte contra a Rússia, se transformarão em um 'bumerangue' para a Rússia de um modo muito direto" (Reuters / Jonathan Brady)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2015 às 11h42.

Londres - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, alertou nesta quinta-feira em Londres que a intervenção militar da Rússia na Síria "inflamará" a guerra civil no país e fortalecerá os grupos extremistas.

As ações "ilógicas" de Moscou, que segundo os EUA atacaram grupos opositores ao regime de Bashar al Assad, "prolongarão o sofrimento dos sírios", disse Carter em entrevista coletiva conjunta com o ministro de Defesa do Reino Unido, Michael Fallon.

Esses ataques "farão com que todo o mundo se volte contra a Rússia, se transformarão em um 'bumerangue' para a Rússia de um modo muito direto", afirmou.

Durante seu encontro na capital britânica, Carson e Fallon discutiram a situação na Síria, as "ameaças" russas no leste da Europa e na fronteira da Turquia, e os avanços no conflito do Afeganistão, detalhou o ministro britânico.

Fallon anunciou a intenção do Reino Unido de investir 70 milhões de libras (R$ 400 milhões) nos próximos cinco anos em projetos de inovação em tecnologia militar.

"Se queremos que o Ocidente mantenha sua liderança tecnológica, devemos fazer mais", assinalou o ministro britânico, que apostou em recrutar "os melhores cérebros no governo, na academia e nas empresas".

Fallon e Carter sublinharam que seus países devem se inspirar na parceria científica que mantiveram durante a Segunda Guerra Mundial, quando surgiram tecnologias como o radar, o propulsor a reação e a bomba atômica.

"Os Estados Unidos não têm um aliado e amigo mais próximo do que o Reino Unido. Os intercâmbios de informação sobre estratégias de defesa reforçarão nossa relação e nos ajudarão a enfrentar as ameaças comuns", disse Carter.

O secretário de Defesa americano afirmou que com o investimento anunciado por Fallon "a liderança mundial do Reino Unido ganha nova relevância".

Carter sustentou que investir um mínimo de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa, como pacturam os membros da Otan ano passado em Glasgow (Reino Unido), "comporta tomar decisões difíceis, mas envia uma importante mensagem ao mundo, de que o Reino Unido está determinado a continuar com sua importante contribuição à defesa coletiva da Aliança Atlântica".

O ministro britânico além disso informou que seu governo continua "construindo apoios parlamentares" para aprovar um plano para se somar aos ataques internacionais contra posições do Estado Islâmico (EI) na Síria.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricosRússiaSíria

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado