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EUA aguardaram saída de presos para saldar dívida com Irã

Depois das liberações, o país americano ordenou o pagamento de 400 milhões de dólares em dinheiro que devia a Teerã


	Irã: em janeiro, cinco americanos foram soltos ao mesmo tempo em que Washington anistiou sete iranianos e retirou ordens de prisão contra outros 14
 (Morteza Nikoubazl/Reuters)

Irã: em janeiro, cinco americanos foram soltos ao mesmo tempo em que Washington anistiou sete iranianos e retirou ordens de prisão contra outros 14 (Morteza Nikoubazl/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2016 às 12h56.

Washington admitiu ter esperado o Irã libertar os prisioneiros americanos antes de ordenar o pagamento de 400 milhões de dólares em dinheiro que devia a Teerã, mas insistiu em que não houve resgate.

Os republicanos, incluindo Donald Trump, usaram esta admissão, anunciada na quinta-feira, como prova de que a administração do presidente Barack Obama enganou a opinião pública.

"Diante da preocupação de que o Irã pudesse se negar a libertar os prisioneiros (...) é claro que buscamos manter o máximo de pressão até que os cidadãos americanos fossem libertados", disse o porta-voz do departamento de Estado, John Kirby, aos jornalistas.

"Esta era nossa prioridade máxima", afirmou.

Em janeiro, cinco americanos foram soltos ao mesmo tempo em que Washington anistiou sete iranianos e retirou ordens de prisão contra outros 14.

Imediatamente depois, os Estados Unidos enviaram por avião 400 milhões de dólares em francos suíços e euros ao Irã.

O governo americano insiste que o dinheiro estava destinado a saldar uma velha dívida derivada de uma compra de material militar por parte de Teerã.

O dinheiro foi entregue em 17 de janeiro, um dia após o controverso acordo nuclear entre o Irã e as principais potências entrou em vigor.

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