Estado Islâmico. (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 9 de julho de 2023 às 14h19.
O Comando Central dos Estados Unidos afirmou, neste domingo, que matou o líder do Estado Islâmico no Leste da Síria, Usamah al-Muhajir, em um ataque de drone realizado na última sexta-feira. Ainda segundo o órgão, o ataque foi conduzido "pelo mesmo [drone] MQ-9 que, no início do dia, foi assediado por aeronaves russas", em um confronto que durou quase duas horas.
"Deixamos claro que continuamos comprometidos com a derrota do EI em toda a região", disse o general Michael "Erik" Kurilla, comandante do Comando Central dos EUA, na nota. "O EI continua sendo uma ameaça, não apenas para a região, mas muito além."
Apesar do anúncio, não ficou claro de imediato como os militares dos EUA confirmaram a identidade de Muhajir como a pessoa morta no ataque. O Comando Central também não forneceu mais detalhes sobre a informação de que o drone havia sido confrontado por aeronaves russas horas antes, embora o anúncio tenha ocorrido dois dias após os EUA acusarem a Rússia de usar caças para perseguir e intimidar drones americanos que realizavam uma operação na região.
O comunicado reforça, ainda, que não há indícios de que civis tenham sido mortos durante o ataque, embora estejam analisando relatos de que uma pessoa teria ficado ferida.
O Estado Islâmico conquistou grandes territórios na Síria e no Iraque em 2014 e chegou a controlar mais de 40 mil quilômetros quadrados, mas seu autoproclamado "califado" caiu após ofensivas em 2017 e 2019, respectivamente, que envolveram forças americanas, iraquianas, iranianas e curdas.
Desde então, a organização foi enfraquecida pela morte ou captura de seus líderes, uma nova tática adotada pelos EUA depois que o EI passou a reorganizar sua estrutura interna, na tentativa de se fortalecer, e começou a ressurgir na Síria.
Em novembro passado, o grupo reconheceu a morte do líder iraquiano Abu al-Hasan, informando que ele foi morto "enquanto lutava contra os inimigos de Deus". Hasan estava no posto havia menos de um ano, após substituir Abu al-Ibrahim, morto em fevereiro de 2022 durante um ataque das forças especiais dos EUA no Noroeste da Síria.