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EUA admitem que Venezuela tem direito a limitar missões

Os EUA admitiram que convenção permite à Venezuela impor limite ao tamanho de uma missão estrangeira em seu país


	Marie Harf: "não é uma violação da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas que um país imponha um limite ao tamanho de uma missão estrangeira"
 (AFP)

Marie Harf: "não é uma violação da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas que um país imponha um limite ao tamanho de uma missão estrangeira" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2015 às 22h49.

Washington - Os Estados Unidos admitiram nesta quarta-feira que a Convenção de Viena sobre relações diplomáticas permite à Venezuela impor um limite ao tamanho de uma missão estrangeira em seu país, mas ressaltou que segue em "conversas" com as autoridades venezuelanas sobre o futuro de seu pessoal em Caracas.

A porta-voz adjunta do Departamento de Estado americano, Marie Harf, explicou que o tamanho de uma missão diplomática em um país é determinado por meio de "negociações entre os Estados que enviam (diplomatas) e os que os acolhem".

"Não é uma violação da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas que um país imponha um limite ao tamanho de uma missão estrangeira. O artigo 11 da Convenção permite isso", disse Harf durante sua entrevista coletiva diária.

Neste fim de semana, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou a redução da quantidade de funcionários da embaixada dos EUA em Caracas de 100 para os mesmos 17 que seu governo mantém em Washington.

Por sua vez, o Departamento de Estado indicou ontem que responderá essa solicitação da Venezuela pela "via diplomática" nas próximas duas semanas.

"Começamos um diálogo" para decidir o futuro do pessoal diplomático em Caracas, acrescentou Harf nesta quarta-feira, insistindo que os EUA querem manter "uma embaixada de um certo tamanho" em Caracas "para promover seus interesses, entre eles o comércio bilateral e os intercâmbios educativos".

Além disso, Harf ressaltou que uma redução do pessoal poderia afetar o ritmo de concessão de vistos para "os venezuelanos que querem" visitar os EUA, como ocorreu em janeiro de 2002, quando outra redução do pessoal diplomático americano em Caracas provocou "o fechamento do escritório que processava as solicitações de vistos de não imigrantes".

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