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EUA admite que liberar fotos de Bin Laden pode despertar ódio

Em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, revelou que outro dos fatores é que essas fotografias são muito "truculentas"

A Casa Branca cogita a possibilidade de tornar públicas as fotografias do corpo, mas, até o momento, não tomou nenhuma decisão (Brendan Smialowski/Getty Images)

A Casa Branca cogita a possibilidade de tornar públicas as fotografias do corpo, mas, até o momento, não tomou nenhuma decisão (Brendan Smialowski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 18h56.

Washington - Publicar as fotos do corpo do líder terrorista Osama bin Laden poderia ter um efeito "incendiário", admitiu nesta terça-feira a Casa Branca, que reconheceu essa possibilidade como um dos fatores que inibem o Governo americano de divulgar as imagens.

Em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, revelou que outro dos fatores é que essas fotografias são muito "truculentas".

Bin Laden morreu no domingo passado por disparos cabeça e no peito, durante a operação de um grupo dos comandos especiais Seal, pertencentes à Marinha americana, contra a residência onde o líder terrorista se escondia, na localidade de Abbottabad, próxima a Islamabad.

A Casa Branca cogita a possibilidade de tornar públicas as fotografias do corpo, mas, até o momento, não tomou nenhuma decisão, insistiu Carney, que pediu paciência à imprensa. "Estamos analisando a situação e tomaremos a decisão apropriada".

Os serviços de Inteligência americanos estão preocupados que a divulgação de imagens polêmicas possa pôr em perigo o êxito de operações futuras.

Mas a Casa Branca está ciente sobre as exigências dessas imagens para a comprovação da morte de seu inimigo público número um. Os familiares das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 também as reivindicaram, com o argumento de que lhes ajudará a virar a página.

Segundo fontes do Pentágono, a Casa Branca possui três séries de imagens: fotos do corpo, vídeos da cerimônia em que o corpo foi jogado ao mar do porta-aviões Carl Vinson e imagens do interior da residência onde vivia o líder terrorista.

Anteriormente, Carney tinha reconhecido que Bin Laden "não estava armado" no momento em que o comando americano enviado para capturá-lo abriu fogo contra ele.

Em sua entrevista coletiva, Carney indicou que Bin Laden e sua família foram localizados no segundo e terceiro andar da residência de Abbottabad, nos arredores de Islamabad, onde estavam escondidos. O porta-voz afirmou que o líder da Al Qaeda resistiu à captura, o que levou o comando americano a atirar contra o terrorista.

Uma das esposas de Bin Laden começou a correr, mas acabou levando um tiro na perna. Bin Laden estava desarmado. Mesmo assim, segundo o porta-voz da Casa Branca, "não é necessário estar armado para resistir"

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