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EUA acusam Rússia por "plataforma de propaganda" a Snowden

O governo antecipou que o presidente Barack Obama prevê falar por telefone com o líder russo, Vladimir Putin


	Manifestantes apoiam Edward Snowden: segundo Psaki, o governo americano já se pôs em contato com uma das organizações que participaram da reunião com Snowden, a Human Rights Watch (HRW).
 (Afp.com / Ole Spata)

Manifestantes apoiam Edward Snowden: segundo Psaki, o governo americano já se pôs em contato com uma das organizações que participaram da reunião com Snowden, a Human Rights Watch (HRW). (Afp.com / Ole Spata)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2013 às 17h14.

Washington - O governo dos Estados Unidos acusou as autoridades da Rússia de facilitar uma "plataforma de propaganda" para Edward Snowden e antecipou que o presidente Barack Obama prevê falar por telefone com o líder russo, Vladimir Putin.

"Fornecer uma plataforma de propaganda ao senhor Snowden contradiz declarações anteriores do governo russo sobre a neutralidade da Rússia e sobre o fato de não ter controle de sua presença no aeroporto (de Moscou)", comentou em sua entrevista coletiva diária nesta sexta-feira o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

Dar-lhe essa plataforma "também é incompatível com as garantias russas que não querem que o senhor Snowden prejudique ainda mais os interesses americanos", acrescentou o porta-voz de Obama.

Carney se referiu assim à reunião que Snowden teve hoje no aeroporto de Sheremétievo com representantes de organizações de direitos humanos internacionais e na qual anunciou que pedirá asilo político à Rússia.

Na mesma linha, a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, expressou sua preocupação "pela forma como as autoridades russas claramente ajudaram" os presentes a participar dessa reunião com Snowden.

Segundo Psaki, o governo americano já se pôs em contato com uma das organizações que participaram da reunião com Snowden, a Human Rights Watch (HRW).

Nessa reunião, Snowden rompeu o silêncio que mantinha desde que aterrissou em Moscou no dia 23 de junho e se comprometeu a não prejudicar os interesses de seu país, a principal condição imposta por Moscou para dar-lhe refúgio, segundo contaram à imprensa vários dos presentes. 

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