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EUA acusam Cuba de usar “arma sônica” contra diplomatas

Funcionários americanos em Havana teriam ficado quase surdos por causa de dispositivo misterioso

Embaixada americana na cidade de Havana, em Cuba (Alexandre Meneghini/File Photo/Reuters)

Embaixada americana na cidade de Havana, em Cuba (Alexandre Meneghini/File Photo/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2017 às 06h00.

Última atualização em 1 de setembro de 2017 às 06h00.

Em 2016, diplomatas lotados na embaixada dos EUA em Havana começaram a se queixar de dificuldade para ouvir.

Em alguns casos, a perda auditiva foi tão severa que os funcionários tiveram de abandonar suas funções na ilha e regressar aos Estados Unidos.

Agora, os americanos dizem ter descoberto o motivo: Cuba estaria usando um aparelho para bombardear os diplomatas com ondas sonoras e deixá-los surdos.

Segundo os americanos, o suposto dispositivo trabalha fora do espectro audível, que vai de 20 Hz a 20 KHz, e por isso opera de forma silenciosa – mas emite radiação sonora suficiente para danificar a audição.

De acordo com fontes do governo americano ouvidas pelo jornal Boston Globe, os cubanos teriam instalado o aparelho nas residências dos diplomatas, fazendo com que eles fossem expostos à radiação sonora durante um longo período.

Também é possível que a radiação seja um efeito colateral de equipamentos de espionagem instalados pelo governo cubano – que negou a prática.

Se o ataque sonoro for confirmado, não terá sido a primeira vez que Cuba recorre a medidas pouco usuais contra os EUA.

Em 2006, o então presidente George W. Bush decidiu instalar um painel de LED na parede da embaixada americana em Havana, e usá-lo para exibir mensagens de propaganda política.

Fidel Castro reagiu cercando a embaixada com 138 bandeiras pretas, que bloqueavam a visão do LED. As bandeiras só foram retiradas em 2015.

Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Superinteressante.

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