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EUA acusa Irã de tentar afogar liberdade de expressão antes de eleições

'Estamos profundamente preocupados com o alarmante aumento dos esforços do regime iraniano para extinguir todas as formas de livre expressão", disse o Departamento de Estado

A nota lamenta a confirmação das sentenças de morte de dois blogueiros iranianos, Saeed Malekpour e Vahid Asghari (AFP)

A nota lamenta a confirmação das sentenças de morte de dois blogueiros iranianos, Saeed Malekpour e Vahid Asghari (AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2012 às 23h10.

Washington - Os Estados Unidos acusaram nesta quinta-feira o Irã de querer 'extinguir todas as formas de livre expressão' do povo persa antes das eleições legislativas de março, diante dos relatórios sobre prisões de jornalistas e a condenação de dois blogueiros à morte.

'Estamos profundamente preocupados com o alarmante aumento dos esforços do regime iraniano para extinguir todas as formas de livre expressão e limitar o acesso à informação de seus cidadãos no período prévio às eleições parlamentares', disse a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland.

Nas últimas duas semanas, assinala Nuland em comunicado, as forças de segurança iranianas 'detiveram quatro jornalistas: Shahram Manouchehri, Sahamedin Bourghani, Parastoo Dokouhaki e Marzieh Rasouli', segundo relatórios recebidos pelos Estados Unidos.

A nota lamenta a confirmação das sentenças de morte de dois blogueiros iranianos, Saeed Malekpour e Vahid Asghari, que 'não tiveram acesso a um devido processo e que agora enfrentam uma execução iminente sob acusações de 'disseminar corrupção''.

Malekpour, iraniano com nacionalidade canadense, foi acusado em dezembro de 2010 de elaborar um programa em farsi (língua iraniana) para postar pornografia na internet.

'A comunidade internacional expressou repetidamente suas preocupações sobre o histórico de direitos humanos do Irã, pedindo-lhe que cumpra seu compromisso de proteger os direitos de todos seus cidadãos e respeitem a legalidade, inclusive o desenvolvimento de um processo eleitoral transparente, que permita aos cidadãos fazer com que suas vozes sejam ouvidas', disse Nuland.

'Pedimos aos funcionários iranianos que respondam a esses pedidos, cooperem com o enviado especial da ONU (para os direitos humanos no Irã), Ahmed Shaheed, e permitam-lhe entrar no Irã para realizar seu trabalho', destaca. EFE

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