Mundo

EUA aconselham cias aéreas a notificar China sobre voos

Pequim quer que os aviões estrangeiros que ingressarem na zona sobre o Mar da China Oriental -incluindo os de passageiros- sejam identificados

China : governo anunciou em meados deste mês que abolirá os impopulares campos de trabalho, que costumam ser usados contra ativistas políticos (Reuters)

China : governo anunciou em meados deste mês que abolirá os impopulares campos de trabalho, que costumam ser usados contra ativistas políticos (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2013 às 09h46.

Washington e Tóquio - Os Estados Unidos aconselharam suas companhias aéreas a notificarem as autoridades chinesas sobre seus planos de voo durante viagens na região da zona de defesa que Pequim estabeleceu há uma semana, elevando o nível de tensão no leste asiático.

Os EUA disseram esperar que as empresas operem alinhadas com um documento que alerta sobre a segurança de um voo, emitido pelos governos estrangeiros, acrescentando contudo que a decisão "não indica que o governo dos EUA aceita as exigências da China".

O conselho contrasta com a atitude do aliado Japão, cujas duas maiores companhias aéreas fizeram um acordo com o governo japonês para voar pela zona sem notificar a China.

Pequim quer que os aviões estrangeiros que ingressarem na zona sobre o Mar da China Oriental -incluindo os de passageiros- sejam identificados.

Uma autoridade do governo dos EUA afirmou que a atitude chinesa parece ser uma tentativa unilateral de mudar o status quo no Mar da China Oriental, o que pode "elevar o risco de erro de cálculo, confrontos e acidentes".

"Pedimos que o governo chinês seja cauteloso e contido, e estamos consultando o Japão e outros afetados na região", afirmou a autoridade.

A zona inclui os céus sobre ilhas envolvidas em uma tensa disputa territorial entre Japão e China e representa aos EUA um desafio histórico do surgimento de uma nova potência mundial, em uma região dominada pelos norte-americanos há décadas.

O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, deve visitar a China, o Japão e a Coreia do Sul na próxima semana, e tentará amenizar as tensões sobre o assunto, disseram autoridades norte-americanas.

Desafiando a criação da zona de defesa aérea chinesa, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul realizaram voos militares na região nesta semana, sem avisar Pequim.

Na sexta-feira, a China destacou caças após dois aviões dos EUA e dez aeronaves japonesas, incluindo caças F-15, terem entrado na zona, informou a agência de notícias estatal Xinhua.

Os caças foram para a região para monitorar os aviões estrangeiros, disse a agência estatal, citando o porta-voz da força aérea, Shen Jinke.

Acompanhe tudo sobre:Washington (DC)

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'