Local da queda do Boeing 737 Max da Ethiopian Airlines; acidente aéreo deixou 157 mortos (Tiksa Negeri/Reuters)
Reuters
Publicado em 16 de março de 2019 às 12h41.
ADIS-ABEBA - A Ethiopian Airlines afirmou neste sábado que os testes de DNA dos 157 passageiros a bordo do voo 302 podem levar até seis meses e ofereceu às famílias das vítimas terra carbonizada do local da queda para enterros.
Um time de investigadores em Paris começou a examinar os registros das caixas-pretas recuperadas do local onde o Boeing 737 MAX 8 caiu no último domingo, após decolar de Adis-Abeba. Passageiros de mais de 30 nações estavam a bordo.
Enquanto as famílias esperam pelos resultados da investigação sobre as causas da queda, a Ethiopian Airlines planeja realizar uma missa no domingo, em Adis-Abeba, na Kidist Selassie, ou Catedral da Santíssima Trindade, onde muitos dos antigos governantes do país estão enterrados sob pináculos de pedra.
"A empresa nos disse que vamos receber um quilo (de terra) cada para o enterro na Igreja Selassie em um funeral que organizará", afirmou um membro de uma das famílias que pediu para não ser identificado.
Papéis entregues às famílias no hotel Skylight, no sábado, afirmam que os certificados de óbitos seriam emitidos em duas semanas, e foi realizado um pagamento inicial para cobrir as despesas.
O retorno dos restos dos mortos --a maioria dos quais estão carbonizados e fragmentados-- levaria até seis meses, disseram os papéis, mas, enquanto isso, terra do local da queda seria entregue.