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Etanol pode ajudar a África a reduzir emissões de CO2

Conforme dados da Agência Ambiental Americana, o biocombustível brasileiro reduz as emissões dos veículos em pelo menos 50% em comparação com a gasolina

A utilização do etanol é estratégica, ainda mais em países pobres, pois seu preço é mais barato que combustíveis fósseis, e seu uso traz pontos positivos para o meio ambiente local (DIVULGACAO)

A utilização do etanol é estratégica, ainda mais em países pobres, pois seu preço é mais barato que combustíveis fósseis, e seu uso traz pontos positivos para o meio ambiente local (DIVULGACAO)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2011 às 10h41.

São Paulo - O etanol brasileiro pode ajudar a África a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). É o que afirmaram representantes brasileiros durante a 17ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 17), que aconteceu nas últimas duas semanas em Durban, na África do Sul.

Conforme dados da Agência Ambiental Americana (EPA, na sigla em inglês), o biocombustível brasileiro reduz as emissões dos veículos em pelo menos 50% em comparação com a gasolina; já a Agência Internacional de Energia estima que essa redução ultrapasse os 80%.

Porém, vale ressaltar que, independente da porcentagem, as emissões restantes são compensadas no processo de crescimento da cana-de-açúcar.

A Ecofrotas, empresa de gestão de frotas e a primeira a trabalhar com gestão sustentável, acompanhou as discussões envolvendo transporte sustentável e demais negociações em Durban.

“A utilização do etanol é estratégica, ainda mais em países pobres, pois seu preço é mais barato que combustíveis fósseis, e seu uso traz pontos positivos para o meio ambiente local”, afirma a gerente de Relacionamento em Sustentabilidade da Ecofrotas, Amanda Kardosh, que acompanhou as discussões da COP.

A executiva aponta também que há muito mercado a ser explorado pelo biocombustível. “O uso do etanol no Brasil já está disseminado, em boa parte graças aos carros flex, que representaram no ano passado 46% da frota brasileira de veículos leves, mas no restante do mundo há um mercado enorme disponível”, comenta. 


Sobre a tecnologia flex, que permite a utilização do etanol ou gasolina no mesmo veículo, ela lembra que é relativamente simples. “Consiste apenas na instalação de um microchip no motor.

A maioria das grandes montadoras mundiais são capazes de oferecer modelos com essa tecnologia para outros países, incluindo os da África”, diz. Além disso, acrescenta, “há espaço e condições climáticas favoráveis em alguns países do continente africano que permitiriam a produção de biocombustíveis, sendo que o Brasil poderia ajudar com o fornecimento de tecnologia”.

Para Amanda essa expansão do uso do etanol é extremamente importante para a redução das emissões no planeta.

“Temos resultados extremamente positivos no Brasil. Somente o trabalho desenvolvido pela Ecofrotas com as empresas 3M, Vivo, Sadia, Kimberly e Protege possibilitou que elas reduzissem em cerca de 40% as emissões projetadas de CO2 de suas frotas de veículos. Juntas, essas empresas evitaram a emissão de 30 mil toneladas de CO2 em um período de três anos”, aponta.

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