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ETA está "preparado para abandonar a violência", segundo Arnaldo Otegi

Grupo terrorista pode divulgar comunicado no qual poderia anunciar o abandono definitivo das armas

Arnaldo Otegi, do ETA: terrorismo basco pode chegar ao seu fim (WIKIMEDIA COMMONS)

Arnaldo Otegi, do ETA: terrorismo basco pode chegar ao seu fim (WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2010 às 05h45.

Washington - O grupo terrorista ETA está preparado para "abandonar a violência e perseguir uma estratégia pacífica para criar um estado basco independente", informa a edição digital do "The Wall Street Journal", que publica declarações de Arnaldo Otegi.

As declarações de Otegi, que segundo o jornal foram realizadas por escrito da prisão, na qual permanece desde outubro de 2009, ocorrem em um momento no qual se espera um comunicado do grupo terrorista no qual poderia anunciar o abandono definitivo das armas.

No entanto, Otegi, identificado pelo jornal como "um negociador fundamental nas conversas de paz mantidas com o Governo espanhol no passado", não chega a confirmar que o ETA esteja preparando o anúncio para terminar com 42 anos de violência, mas sugere que nos "próximos eventos" - não especificados -, aumentarão a pressão ao Governo para negociar o final do conflito basco.

Segundo o jornal, o líder de esquerda assegurou que em qualquer caso seu movimento rejeita "qualquer violência como forma de conseguir objetivos políticos".

Na opinião do jornal, as declarações de Otegi representam "um dos mais fortes indícios de que o terrorismo basco poderia estar chegando a seu fim".

Otegi também afirma que parece lógico "que o Governo espanhol peça garantias para preservar a segurança de seus cidadãos" e acrescenta: "estamos dispostos a fornecer todas as garantias que forem necessárias para demonstrar que nossa postura é firme e irreversível".

O jornal indica que Otegi não especificou as garantias, mas afirma que "os partidários da ETA deram a entender que estão dispostos a se submeter a supervisão de observadores internacionais, como fez o Exército Republicano Irlandês durante o processo de paz na Irlanda do Norte".

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