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Mudanças climáticas podem reduzir geração de energia

Boletim do Ipea mostra que agricultura no Nordeste seria a principal afetada

Investimento de R$ 1 bilhão em pesquisa pode ajudar a impedir problemas no Nordeste (Arquivo/Divulgação)

Investimento de R$ 1 bilhão em pesquisa pode ajudar a impedir problemas no Nordeste (Arquivo/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - As mudanças climáticas poderão provocar, nas próximas décadas, impactos "alarmantes" em algumas bacias hidrográficas brasileiras, especialmente no Nordeste. A redução dos estoques de água até 2100 seria mais moderada na Região Norte. Mas, nas demais, pode haver redução da capacidade de geração de energia hidrelétrica, de 29,3% a 31,5%.

Os dados foram divulgados hoje (22) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os impactos seriam menores no Sul e no Sudeste, mas não o suficiente para repor as perdas das regiões Norte e Nordeste.

Na agricultura, o aquecimento do clima só não afetaria a lavouras de cana-de-açúcar. As plantações de soja sofreriam redução de 34% a 30%, as de milho, de 15%, e as de café, de 17% a 18%, com agravamento mais sério na cultura de subsistência no Nordeste. A quarta edição do Boletim Regional, Urbano e Ambiental, divulgada hoje, avalia que o impacto sobre as culturas agrícolas poderia ser compensado ou amenizado nas próximas décadas com modificações genéticas dos produtos, o que exige investimento anual de R$ 1 bilhão em pesquisas.

O uso de combustíveis renováveis, no lugar dos derivados de petróleo evitaria emissões de 203 milhões a 923 milhões de toneladas de gás carbônico em 2035, de acordo com o estudo. A produção necessária para obter os combustíveis alternativos envolveria o uso de 17,8 milhões a 19 milhões de hectares e não seria necessário usar áreas das culturas de subsistência nas regiões. A necessidade de produção dos alternativos não pressionaria o desmatamento da Amazônia. Mas, nas regiões Sudeste e Nordeste, no entanto, poderia haver danos florestais e de matas se não forem empregadas políticas adequadas para os biocombustíveis.

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