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Estudo estima danos do aquecimento aos oceanos em US$ 2 tri

O estudo alertou que mares mais quentes provocarão a acidificação e a perda de oxigênio, afetando os peixes e os recifes de coral

"Os fatos não mentem e as estatísticas mostram que não estamos fazendo o suficiente", disse Zoellick declarou. (©AFP/Getty Images/Arquivo / Brendan Hoffman)

"Os fatos não mentem e as estatísticas mostram que não estamos fazendo o suficiente", disse Zoellick declarou. (©AFP/Getty Images/Arquivo / Brendan Hoffman)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2012 às 12h45.

Los Angeles - As emissões de gases de efeito estufa podem chegar a provocar danos da ordem de US$ 2 trilhões ao ano aos oceanos, segundo um estudo sueco publicado nesta quarta-feira.

A estimativa, feita pelo Instituto Ambiental de Estocolmo, se baseia na suposição de que as emissões de carbono que alteram o clima continuarão numa espiral ascendente sem trégua.

O estudo alertou que mares mais quentes provocarão a acidificação e a perda de oxigênio, afetando os peixes e os recifes de coral.

A elevação do nível dos mares e as tempestades aumentarão o risco de inundações, especialmente ao longo dos litorais da África e da Ásia, acrescentou.

Se a tendência for mantida, a temperatura global da Terra aumentará 4ºC até o fim do século, destacou o relatório, intitulado "Avaliando o Oceano".

Com base nesta estimativa, os custos das perdas em 2050 serão de US$ 428 bilhões ao ano ou 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Em 2100, este custo chegará a US$1,979 trilhão (0,37% do PIB).

Se as emissões baixarem e o aquecimento for limitado a 2,2ºC, os custos destas perdas em 2050 serão de US$ 105 bilhões ou 0,06% do PIB mundial, chegando a US$ 612 bilhões ou 0,11% do PIB em 2100.

"Esta não é uma previsão alarmista", destacaram os autores do estudo, alertando que as cifras não levaram em conta os prejuízos dos pequenos países insulares afetados pela subida dos mares, nem o impacto do aquecimento nos processo básicos do oceano, tais como a reciclagem de nutrientes, que são essenciais para a vida.

"O oceano sempre foi visto como algo vasto, inconquistável e inesgotável, mas esta imagem de fartura pode ser seu pior inimigo", destacou o documento.

"A imensa escala oceânica e seu distanciamento da maior parte das nossas vidas diárias contribuiu para seu completo neglicenciamento", ressaltou.

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