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Estudo em 11 países expõe carências da saúde nos EUA

Levantamento do Commonwealth Fund pede que sistema seja acessível a toda população do país e que haja proteção financeira aos doentes

Pediatria nos EUA: 33% dos entrevistados evitam procurar médicos quando adoecem (Joe Raedle/Getty Images)

Pediatria nos EUA: 33% dos entrevistados evitam procurar médicos quando adoecem (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2010 às 07h21.

Nova York - As carências do sistema de saúde dos Estados Unidos ficam expostas em um estudo divulgado nesta quinta-feira, no qual se compara a situação atual em 11 nações desenvolvidas e que deixa o país mal posicionado com relação a outros, como Austrália, França e Reino Unido.

Entre as conclusões do levantamento realizado pelo The Commonwealth Fund e divulgado em Nova York, têm destaque as recomendações para que os EUA tomem medidas legislativas para tornar a saúde acessível a toda a população, que esta receba proteção financeira ao ficar doente e que seja simplificado seu sistema de seguros.

Após ouvir 19.700 adultos de EUA, Alemanha, Austrália, Canadá, França, Holanda, Noruega, Nova Zelândia, Reino Unido, Suécia e Suíça, a conclusão foi a de que o povo americano é o que mais precisa sobreviver sem procurar um médico, devido à dificuldade para pagar pelos atendimentos de saúde.

"Devido aos custos, os adultos americanos são muito mais inclinados que os das outras dez nações industrializadas a viver sem cobertura médica, ter maiores problemas para enfrentar as faturas, pagar preços elevados, mesmo quando têm seguro médico, e discutir com as seguradoras por sua cobertura", indicaram em comunicado os responsáveis pelo estudo.

Os EUA sobressaem entre os outros países por ter as piores experiências de saúde, já que 33% dos americanos adultos reconhecem que evitaram procurar um médico quando estiveram doentes e que também não tomaram os remédios receitados devido a seu preço. Na Holanda, o índice é de 5%, e, no Reino Unido, de 6%.

Além disso, 20% dos americanos enfrentaram "graves problemas" para pagar suas faturas médicas, contra 9% na França (o segundo país da lista), 4% na Holanda, 3% na Alemanha e 2% no Reino Unido.

O estudo destaca ainda que 35% dos americanos pagaram do seu próprio bolso em 2009 despesas médicas que custaram pelo menos US$ 1 mil, "uma percentagem muito maior que a dos outros países".

Além disso, o levantamento ressalta "a complexidade" do sistema de seguros no país. Segundo a pesquisa, 31% dos americanos têm problemas para entender cláusulas pouco claras e tiveram que enfrentar problemas com uma seguradora que lhes negou algum pagamento.

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