A divulgação do relatório coincide com o escândalo da publicação nos últimos dias de um caso de assédio sexual no escritório do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu (Jack Guez/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2012 às 08h37.
Jerusalém - Um estudo elaborado pelo Ministério de Indústria, Comércio e Trabalho de Israel e divulgado nesta segunda-feira afirma que 11,4% das mulheres empregadas no país afirmam já ter sofrido assédio sexual no trabalho.
A pesquisa, realizada com entrevistas a cerca de 3 mil mulheres, mostra também que 21% das que sofreram assédio no local de trabalho consideram que sua produtividade se reduziu uma média de 30%, informou o jornal 'Haaretz'.
Além disso, um décimo das trabalhadoras que se sentem assediadas ou têm que abandonar o posto ou são demitidas.
Mais de um terço sofre o assédio de seu superior direto, enquanto 26% afirmam que o assediador, apesar de não ter um cargo imediatamente superior, ostenta um posto de categoria superior no local de trabalho.
Das vítimas que permanecem em seu posto de trabalho, 30% dizem que o assédio continua. A maior parte (60%) das entrevistadas diz não saber a quem recorrer se sofrer assédio em seu trabalho e apenas 7,6% das assediadas dizem ter feito queixa pelos abusos.
A divulgação do relatório coincide com o escândalo da publicação nos últimos dias de um caso de assédio sexual no escritório do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Natan Eshel, chefe do escritório do primeiro-ministro, foi obrigado a tirar uma licença de dez dias enquanto é investigado pelas acusações feitas contra ele por três funcionários do escritório de que teria assediado sexualmente uma funcionária.