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Estudo alerta sobre desigualdade na China rural

Segundo estudo, a diferença salarial entre os camponeses que trabalham na terra e aqueles que se deslocam à cidade está crescendo


	Trabalhadores rurais na China: um habitante do campo ganha quase duas vezes mais em um trabalho em uma zona urbana do que se cultivar um terreno agrícola
 (Peter Parks/AFP)

Trabalhadores rurais na China: um habitante do campo ganha quase duas vezes mais em um trabalho em uma zona urbana do que se cultivar um terreno agrícola (Peter Parks/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2012 às 11h12.

Pequim - A diferença de riqueza entre as populações rurais atingiu um nível perigoso na China, que teme uma possível desestabilização social, adverte um estudo divulgado nesta quarta-feira.

A diferença de salário entre os camponeses que trabalham na terra e aqueles que se deslocam à cidade para trabalham como operários migrantes continua crescendo, o que aumenta a pressão sobre o custo de vida, conclui o Centro de Estudos Rurais da China.

Um habitante do campo ganha quase duas vezes mais em um trabalho em uma zona urbana do que se cultivar um terreno agrícola em sua cidade, afirma a agência oficial Xinhua.

O coeficiente de Gini, que mede o grau de desigualdade na distribuição de riqueza em uma sociedade, subiu no campo chinês a 0,3949 em 2011, resultado considerado perigoso.

Um coeficiente 0 indica uma igualdade total da distribuição da riqueza e o resultado 1 representa a desigualdade máxima. O índice de Gini da China em seu conjunto se aproxima agora de 0,5.

Os migrantes - mais de 220 milhões na China - continuam oficialmente contabilizados entre os rurais.

Em 2011, o número de habitantes das cidades superou o de moradores do campo na China, país com 1,3 bilhão de habitantes.

A diferença entre ricos e pobres é uma bomba social de efeito retardado que o regime comunista prometeu desativar no plano quinquenal 2011-2015, mas na prática os resultados não apareceram até o momento.

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