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Estudantes protestam por reforma educacional no Chile

Convocados a uma "Marcha em defesa da educação", os estudantes percorreram grande parte do centro de Santiago


	Presidente chilena Michelle Bachelet: de acordo com os organizadores, o protesto contou com a presença de 80.000 pessoas
 (Cris Bouroncle/AFP)

Presidente chilena Michelle Bachelet: de acordo com os organizadores, o protesto contou com a presença de 80.000 pessoas (Cris Bouroncle/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2015 às 16h38.

Milhares de estudantes voltaram nesta quinta-feira às ruas do Chile pedindo uma profunda reforma da educação, cuja implementação por parte do governo de Michelle Bachelet foi mais complexa do que o esperado.

Convocados a uma "Marcha em defesa da educação", os estudantes percorreram grande parte do centro de Santiago. A marcha começou nos arredores da Universidade de Santiago e terminou com um ato cultural na Avenida Blanco Encalada.

De acordo com os organizadores, o protesto contou com a presença de 80.000 pessoas, em um dia frio de inverno em Santiago.

Outros protestos similares foram realizados em cidades como Valparaíso (oeste), Concepción e Temuco, no sul do Chile.

Em Santiago foram registrados alguns incidentes entre encapuzados e a polícia, que utilizou gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersar os manifestantes.

Os estudantes voltaram às ruas insatisfeitos com o avanço de uma ansiada reforma legislativa levada adiante pelo governo de Michelle Bachelet, alvo de diversas modificações.

A nova ministra da Educação, Adriana Delpiano, anunciou há dois dias que seria adiado até o fim do ano o ingresso ao Parlamento de um projeto sobre gratuidade universal, que inicialmente deveria ser despachado em setembro.

Semanas antes, Bachelet anunciou mudanças em outro projeto de lei para aprovar a gratuidade da educação superior a partir do próximo ano para estudantes mais pobres, como primeiro passo para um benefício que se universalizaria a partir de 2020.

Os estudantes buscam acabar com o sistema educacional que se mantém como herança da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), considerado um dos mais caros e segregados do planeta.

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