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Estudantes de Newtown voltam às aulas após massacre

Bucólica cidade do Estado norte-americano de Connecticut tenta voltar ao normal após massacre que deixou 26 alunos e funcionários de uma escola mortos


	Massacre chocou os norte-americanos, o que levou alguns parlamentares a pedirem restrições mais rígidas sobre armas
 (Joshua Lott/Reuters)

Massacre chocou os norte-americanos, o que levou alguns parlamentares a pedirem restrições mais rígidas sobre armas (Joshua Lott/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 07h54.

Newtown - As escolas de Newtown, que ficaram vazias logo após o massacre que deixou 26 alunos e funcionários mortos, vão receber novamente seus estudantes e professores nesta terça-feira, à medida que a bucólica cidade do Estado norte-americano de Connecticut tenta voltar ao normal.

Mas entre os sons normais de um dia de aula --professores lendo para as crianças e o barulho do lápis sobre papel-- os alunos irão ouvir alguns barulhos novos, incluindo os conselhos de terapeutas emocionais e passos de policiais.

Quatro dias depois de Adam Lanza, de 20 anos, entrar na escola de ensino fundamental Sandy Hook e atirar contra várias crianças de 6 e 7 anos de idade, além de seis professores e funcionários, a escola permaneceu fechada.

O local é a cena do crime, com a polícia indo e vindo, passando por uma fileira de 26 árvores de Natal que os visitantes decoraram com ornamentos, bichos de pelúcia e balões nas cores verde e branco da escola, como um memorial às vítimas.

O massacre --um dos tiroteios mais sangrentos na história dos EUA-- chocou os norte-americanos, o que levou alguns parlamentares a pedirem restrições mais rígidas sobre armas e fez com que administrações escolares em todo o país avaliassem seus protocolos de segurança.

A polícia de Newtown planeja ter oficiais em seis escolas programadas para reabrir nesta terça-feira, tentando oferecer uma sensação de segurança para os estudantes e professores, muitos dos quais passaram o fim de semana em luto.

O tenente da polícia de Newtown, George Sinko, reconheceu que pode ser difícil aliviar as preocupações de aproximadamente 4.700 dos estudantes que irão retornar e suas famílias.

"Obviamente, haverá bastante apreensão. Acabou de ocorrer uma tragédia terrível. Tínhamos bebês que vinham para a escola, que deveriam estar seguros e não estavam", disse Sinko. "Você não pode deixar de pensar ... se isso pode acontecer de novo." Em Washington, o massacre levou o presidente dos EUA, Barack Obama, a convocar uma reunião na segunda-feira, na Casa Branca, com assessores para discutir formas de reagir, o primeiro passo para cumprir a promessa que fez no dia anterior em Newtown. Os planos do governo para conter a violência incluem, mas não estão limitados a medidas de controle de armas, afirmou um porta-voz.

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