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Estrela de Seinfeld faz piada com Trump e Putin na convenção democrata

A comediante Julia Louis-Dreyfus, que viveu também uma vice-presidente na série "Veep", foi apresentadora do último dia da convenção democrata

Julia Louis-Dreyfus, atriz e comediante: piadas com as críticas de Trump ao voto pelo correio (Daniel Acker/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

Julia Louis-Dreyfus, atriz e comediante: piadas com as críticas de Trump ao voto pelo correio (Daniel Acker/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 21 de agosto de 2020 às 08h38.

Última atualização em 21 de agosto de 2020 às 08h48.

As apresentações de atores e músicas nas convenções partidárias nos Estados Unidos são tradição. E, no último dia da convenção do Partido Democrata, na noite desta quinta-feira, 20, um dos destaques foram as piadas da apresentadora Julia Louis-Dreyfus, a a Elaine de Seinfeld.

A atriz apresentou a noite de convenção interpretando uma de suas personagens, a vice-presidente Selina Meyer da comédia política Veep. O presidente americano Donald Trump e o russo Vladimir Putin foram alvo de comentários.

Dreyfus abriu a programação pedindo que os democratas não deixem de votar: “Se todos votarem, não há nada que o Facebook, a Fox News ou Vladimir Putin possam fazer”, disse, se referindo as acusações de interferência russa na eleição de 2016.

A atriz também se descreveu como membro de sindicato, ativista pelo clima e democrata patriótica. "Ou, como Donald Trump vai me chamar em um tuíte amanhã, uma acabada, cara de cavalo, sem talento e uma ultrapassada com baixa audiência", disse.

Ela também criticou as ações de Trump durante o mandato ao relembrar o discurso de posse do presidente, em 2016. "Quando Donald Trump falou em sua posse sobre 'carnificina americana', eu assumi que era algo que ele era contra, não uma promessa de campanha", disse.

O tom de humor continuou ao longo da noite inteira. Dreyfus disse que ela vai votar pelo correio (“como Trump”) e que o presidente trapaceia em seus jogos de golfe.

Sarah Cooper, comediante que ficou famosa nacionalmente durante a pandemia dublando discursos e declarações de Trump, também fez uma aparição surpresa. Ela apareceu dublando Trump levantando suspeitas sobre a votação pelo correio.

Um segmento da programação de ontem foi dedicado a assegurar os americanos que votar pelo correio é tão seguro quanto votar presencialmente. Com a pandemia ainda fora do controle em muitas partes do país, o voto à distância deve ser a modalidade escolhida por dezenas de milhões de americanos.

As regras variam de acordo com o estado, mas a imensa maioria dos eleitores pode requisitar sua cédula com antecedência, preenchê-la e devolvê-la pelo correio. Nos últimos dias, o novo diretor do correio, Louis DeJoy, a anunciou uma série de cortes, o que levou os democratas a acusar Trump de tentar interferir na eleição. Ontem, afirmou que as mudanças estão suspensas até a eleição.

Outras participações

Outros artistas participaram dos dias anteriores da convenção, como a cantora Billie Eilish, de 18 anos e sucesso entre os jovens, e o cantor John Legend. Em seu discurso na quarta-feira, 19, Eilish pediu aos jovens que se inscrevam para votar (o voto não é obrigatório nos EUA), que votem em Biden e contra Trump e disse que "ciência não é uma escolha".

A convenção democrata, que oficializou a candidatura de Joe Biden, começou nesta semana com discursos das maiores estrelas do partido. O evento, virtual pela primeira vez, foi iniciado na segunda-feira, 17, com discurso do rival de Biden nas primárias, Bernie Sanders, e da ex-primeira-dama Michelle Obama; na terça-feira, 18, falaram a estrela em ascensão da esquerda americana Alexandria Ocasio-Cortez e o ex-presidente Bill Clinton; na quarta-feira, 19, discursaram a vice de Biden, Kamala Harris, e o ex-presidente Barack Obama.

Por fim, o próprio Biden fechou a convenção discursando nesta quinta-feira, 20. Veja as matérias de todos os dias aqui.

(Com Sergio Teixeira Jr. de Nova York)

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