Mundo

Estratégia chinesa contra covid afeta 75% das empresas europeias

O texto afirma que a situação levou 25% das empresas do grupo a considerar a transferência dos investimentos atuais ou previstos para fora da China, o maior nível da última década

A China é a última grande economia que mantém a estratégia de erradicar os surtos do vírus com uma combinação de confinamentos, testes em larga escala e quarentenas prolongadas (AFP/AFP)

A China é a última grande economia que mantém a estratégia de erradicar os surtos do vírus com uma combinação de confinamentos, testes em larga escala e quarentenas prolongadas (AFP/AFP)

A

AFP

Publicado em 21 de setembro de 2022 às 08h04.

A "inflexível" e "inconsistente" política chinesa de 'covid zero' está paralisando a operação de empresas europeias neste país, advertiu uma organização empresarial.

O relatório da Câmara de Comércio da União Europeia na China é o pronunciamento mais recente da comunidade empresarial estrangeira sobre o impacto negativo das severas restrições de Pequim, que estão isolando o país no cenário internacional.

A China é a última grande economia que mantém a estratégia de erradicar os surtos do vírus com uma combinação de confinamentos, testes em larga escala e quarentenas prolongadas.

Apesar de provocar fechamentos de negócios e prejudicar a cadeia mundial de abastecimento, o presidente chino Xi Jinping declarou que a abordagem chinesa é o caminho "mais econômico e efetivo", e não há indícios de flexibilidade.

A câmara europeia, que reúne mais de 1.800 empresas europeias na China, afirma em um documento que a estratégia 'covid zero' e sua "grande incerteza" provocaram um "impacto negativo" sobre 75% das operações de seus membros.

"O ambiente empresarial na China continuará sendo imprevisível enquanto persistir a ameaça de confinamentos", alertou a entidade, que classifica a política anti-covid como "inflexível e aplicada de forma inconsistente".

O texto afirma que a situação levou 25% das empresas do grupo a considerar a transferência dos investimentos atuais ou previstos para fora da China, o maior nível da última década.

Apesar do grande potencial de crescimento da China, "o compromisso das empresas europeias (de permanecer na China) não pode mais ser dado como certo", segundo o relatório.

China reduziu em junho a quarentena obrigatória para viajantes procedentes do exterior de 21 para 10 dias, mas a falta de voos e os custos elevados das passagens representam grandes obstáculos.

O fechamento quase total das fronteiras desde 2020 acelerou o êxodo dos europeus. E os que permanecem estão mais isolados do que antes, segundo o documento.

Acompanhe tudo sobre:ChinaCoronavírus

Mais de Mundo

Empresa tenta "recriar" mamutes e diz que animal pode ser visto até 2028

Exército de Israel bombardeia complexo hospitalar e escola da ONU na Faixa de Gaza

Problema em alimentos faz Delta suspender refeições quentes em mais de 200 voos

Nobel de Economia 2024 vai para trio que estuda como instituições afetam a prosperidade dos países