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Estocolmo tem quinta noite de distúrbios

Os distúrbios explodiram depois que a polícia matou na semana passada um homem de 69 anos que, segundo as autoridades, teria ameaçado os agentes com um facão

Bombeiros controlam incêndio em escola do bairro de Kista, em Estocolmo (AFP / Jonathan Nackstrand)

Bombeiros controlam incêndio em escola do bairro de Kista, em Estocolmo (AFP / Jonathan Nackstrand)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2013 às 07h54.

Estocolmo - Pelo menos nove veículos foram incendiados, ao mesmo tempo que duas escolas e uma delegacia foram cenários de distúrbios, na madrugada desta sexta-feira, na quinta noite consecutiva de incidentes na periferia pobre de Estocolmo.

Oito pessoas foram detidas nos incidentes, informou a polícia sueca à agência de notícias TT.

No bairro de Rinkeby, que registrou muitos incidentes desde o início da semana, seis veículos foram queimados.

Três carros foram queimados em Norsborg. Um princípio de incêndio na delegacia de polícia de Aelvsjoe foi rapidamente controlado.

Duas escolas, uma em Tensta e outra em Kista, perto de Husby, local de origem dos distúrbios, também registraram princípios de incêndio.

A polícia foi recebida a pedradas em Sodertaelje, zona sul de Estocolmo.

A violência provoca um debate na Suécia sobre a integração dos imigrantes, que representam quase 15% da população, se concentram nos bairros pobres das grandes cidades do país e têm um índice de desemprego maior que o do restante da população.


Em Husby, a taxa de desemprego foi de 8,8% em 2012, contra 3,6% em Estocolmo.

Os distúrbios explodiram depois que a polícia matou na semana passada um homem de 69 anos que, segundo as autoridades, teria ameaçado os agentes com um facão.

Husby, um bairro pobre com grandes prédios de residências populares em estado de degradação e índice alto de desemprego, fica relativamente próximo de uma área que concentra o setor de alta tecnologia em plena expansão.

O primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt considerou "importante recordar que queimar o carro do vizinho não constitui um exemplo de liberdade de expressão, e sim constitui vandalismo".

Em entrevista à agência TT, o chefe de Governo pediu calma, no momento em que os protestos violentos começam a afetar outros bairros pobres de Estocolmo e seus subúrbios.

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