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Estátua escondida em Roma? Trabalhadores em obra encontram cabeça de mármore em perfeito estado

Cabeça pertence a uma divindade e passará por restauração e análise arqueológica

Estátuas: Trabalhadores encontram escultura feminina em mármore grego na praça Augusto Imperatore, em Roma (AFP/AFP)

Estátuas: Trabalhadores encontram escultura feminina em mármore grego na praça Augusto Imperatore, em Roma (AFP/AFP)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 10 de julho de 2023 às 15h37.

Uma cabeça de mármore feminina, intacta, foi encontrada por trabalhadores da construção civil durante obras da praça Augusto Imperatore, no centro histórico de Roma, na Itália. O anúncio foi feito pelo prefeito da cidade, Roberto Gualtieri, em seu Twitter, na quinta-feira, 6.

“#Roma continua a devolver preciosas evidências de seu passado: uma esplêndida cabeça de mármore intacta foi encontrada durante as obras na Piazza Augusto Imperatore supervisionadas pela @Sovrintendenza (a Superintendência Capitolina). Arqueólogos e restauradores estão ocupados limpando e estudando a descoberta”, escreveu o prefeito.

De onde vem a cabeça de mármore?

Com um acabamento refinado, a cabeça, esculpida em mármore grego provavelmente pertence a uma estátua de uma divindade feminina, como Afrodite, segundo o superintendente capitolino, Claudio Parisi Presicce. “Mostra um penteado refinado de cabelo preso na parte de trás graças a uma ‘taenia’, uma fita amarrada no topo da cabeça”, disse.

A Superintendência Capitolina é órgão oficial de Roma responsável por administrar o patrimônio arqueológico, histórico-artístico e monumental da cidade.

Esculturas do período romano

De acordo com a prefeitura de Roma, o objeto, que tem dimensões reais, foi encontrado na fundação de uma parede antiga, mas está preservado e considerada intacto. A cabeça foi reutilizada como material de construção. Ela estava virada para baixo, protegida por um banco de argila sobre a qual repousa a fundação da parede.

“A reutilização de esculturas de obras, mesmo de importância significativa valor, foi uma prática muito comum nos finais da Idade Média, o que permitiu, como neste caso, a feliz preservação de importantes obras de arte”, diz o comunicado divulgado pela prefeitura de Roma.

A cabeça está agora a cargo de restauradores para a limpeza, e de arqueólogos para uma correta identificação e uma primeira proposta de datação, que parece estar ancorada na época augusta” disse o superintendente, em referência ao período do primeiro imperador romano, entre 27 a.C e o ano 14.

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