Mundo

Estatísticas revelam o mau momento da economia japonesa

Novos dados mostram que consumo e vendas do varejo caíram em novembro no país

A economia do Japão ainda não se recuperou do terremoto de março (Paula Bronstein/Getty Images)

A economia do Japão ainda não se recuperou do terremoto de março (Paula Bronstein/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2011 às 17h18.

Tóquio - Uma série de estatísticas anunciadas nesta quarta-feira pelo governo japonês demonstra que a terceira economia mundial atravessa uma fase de saúde debilitada e que o recuo do consumo, devido à conjuntura mundial, fragiliza suas empresas.

O consumo retrocedeu 3,2% em novembro com relação ao mesmo período do ano anterior, mais que o previsto pelos especialistas.

As vendas ao varejo recuaram 2,3% em novembro na comparação anual.

O consumo no Japão foi bruscamente freado pelo terremoto e posterior tsunami que devastou o nordeste do país em 11 de março.

A reativação do consumo, um dos pilares da economia, é uma condição importante para a reativação econômica do país, afetada pela desaceleração do crescimento mundial e pela apreciação do iene, que penaliza suas exportações.

A economia japonesa registrou entre julho e setembro seu primeiro trimestre de crescimento no ano, apesar de ainda ser possível um novo recuo nos próximos balanços.

Nesse contexto, o índice de preços ao consumo (sem levar em conta os produtos perecíveis) recuou 0,2% em novembro com relação a um ano atrás, o que mostra que o Japão segue em deflação, o que freia a atividade interna.

Esta queda dos preços, que o país vive há dois anos e meio, freia os investimentos das empresas, que não podem manter suas margens, e desestimula o consumo, já que os consumidores esperam a hora de comprar para ver se os preços caem ainda mais.

Para frear a queda das tarifas, o Banco Central de Japão (BoJ) mantém sua taxa básica entre o 0,0% e o 0,1% para facilitar a circulação de dinheiro.

A produção industrial no país, no entanto, retrocedeu 2,6% em um mês e o desemprego em novembro ficou em 4,5%, o mesmo nível que em outubro. Já a situação do mercado de trabalho melhorou, com 69 ofertas de emprego para cada 100 pessoas à procura.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaConsumoCrises em empresasJapãoPaíses ricos

Mais de Mundo

Sob Trump, confiança nos EUA cai ao redor do mundo, incluindo no Brasil, revela pesquisa

EUA anuncia retirada de diplomatas do Iraque em meio a tensões com o Irã

Militares dos EUA autorizam saída voluntária de familiares de tropas no Oriente Médio

Milei confirma mudança da Embaixada argentina para Jerusalém em 2026