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Estamos trabalhando para haver uma zona de segurança humanitária em Gaza, diz presidente de Israel

Ao menos 600 mil palestinos tentam sair pelo portão de Rafah, na fronteira do sul de Gaza com o Egito

Herzog: de acordo com presidente de Israel, o Hamas "não segue as regras" (THOMAS COEX/AFP)

Herzog: de acordo com presidente de Israel, o Hamas "não segue as regras" (THOMAS COEX/AFP)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 15 de outubro de 2023 às 14h46.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, afirmou neste domingo, 15, que o país está trabalhando para ter uma zona de segurança humanitária na Faixa de Gaza, mas afastou a possibilidade de reduzir os ataques das forças israelenses. Herzog falou em entrevista à CNN Internacional.

Ao menos 600 mil palestinos tentam sair pelo portão de Rafah, na fronteira do sul de Gaza com o Egito. Entre os que buscam essa saída, estão 28 brasileiros que devem ser resgatados pelo governo brasileiro em operação de repatriação.

Segundo o líder israelense, as conversas com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinke, estão avançadas para a criação desse corredor humanitário. "Vai existir uma zona segura humanitária na faixa de gaza, estamos trabalhando com a agência das Nações Unidas e todas as outras para que isso aconteça", acrescentou.

Herzog acusa, ainda, o Hamas de estar dificultando a proteção a civis em Gaza. "O Hamas não respeita regras", afirmou. Segundo ele, parte do sistema de água potável em Gaza está sob o controle do grupo islâmico. Hoje, após pressão das comunidades internacionais, Israel teria reestabelecido o acesso à água potável no sul de Gaza.

De acordo com o presidente de Israel, o Hamas transformou a Faixa de Gaza em uma "plataforma de terror" e, segundo ele, "o povo palestino tem o dever de enfrentar essa situação".

Questionado sobre a oposição do Irã aos ataques feitos contra a Faixa de Gaza, Herzog elevou o tom: "Estamos com punhos de ferro enfrentando a situação", disse. "Esse ataque foi o mais fatal para os judeus. Como podemos chegar à paz se fomos bombardeados e tornados reféns? Temos que ter uma defesa."

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