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"Estamos em guerra" contra o EI, afirma chefe do Pentágono

Ashton Carter detalhou como "acelerar" a luta contra o grupo jihadista no Iraque e na Síria


	Ashton Carter: chefe do Pentágono enfatizou que o resto do mundo também "tem que aumentar" seus esforços contra os jihadistas
 (Reuters / Jonathan Brady)

Ashton Carter: chefe do Pentágono enfatizou que o resto do mundo também "tem que aumentar" seus esforços contra os jihadistas (Reuters / Jonathan Brady)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 15h04.

Washington - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, declarou nesta terça-feira que o país está "em guerra" contra o Estado Islâmico (EI), ao detalhar como "acelerar" a luta contra o grupo jihadista no Iraque e na Síria.

Durante uma audiência com o Comitê de Serviços Armados da câmara baixa do Congresso, Carter adiantou que os EUA reforçarão seus contingentes de forças especiais na Síria e no Iraque para tentar "motivar" mais as tropas locais que combatem o EI.

O chefe do Pentágono enfatizou que o resto do mundo também "tem que aumentar" seus esforços contra os jihadistas para evitar que se repitam os atentados de 13 de novembro em Paris, onde morreram pelo menos 130 pessoas.

Quanto aos EUA, Carter anunciou que o presidente Barack Obama autorizou mobilizar no Iraque um contingente de forças especiais "expedicionário" que poderá "realizar incursões, libertar reféns, reunir informação de inteligência e capturar líderes do EI".

Esse contingente também poderá realizar "operações unilaterais" na Síria, segundo o chefe do Pentágono, que não detalhou o número de soldados que farão parte dessa força "expedicionária".

Atualmente, mais de três mil militares americanos estão em missão no Iraque, a maioria dedicados a prestar assessoria e treinar as forças locais.

Há um mês, Obama autorizou o envio à Síria de um contingente das Forças de Operações Especiais, inferior a 50 integrantes, para assessorar os opositores ao regime do presidente Bashar al Assad na luta contra os jihadistas.

Desde os atentados de Paris, Obama defendeu sua estratégia para combater o EI, convencido que dará resultados a longo prazo, e descartou uma intervenção militar na Síria ao estilo das guerras no Iraque e no Afeganistão.

A maioria dos pré-candidatos presidenciais republicanos e legisladores desse partido, como o senador John McCain, cobram um maior envolvimento militar dos EUA na guerra contra o EI, com tropas no terreno.

Leon Panetta, ex-secretário de Defesa de Obama, e a senadora democrata Dianne Feinstein também criticaram a estratégia atual contra o EI porque a consideram "insuficiente".

Em Paris, onde participou da 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), o presidente americano mostrou confiança que Rússia reconsiderará sua posição no conflito sírio, mas descartou que Moscou dê um "giro de 180 graus" e uma mudança iminente.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, Obama expressou sua esperança de que o processo político avance ao mesmo tempo que a coalizão internacional imponha cada vez mais pressão sobre o EI, até que ocorra uma "mudança nos cálculos da Rússia e um reconhecimento de que é o momento de pôr fim à guerra civil na Síria". 

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