Gaza: mais de 2,1 mil palestinos morreram durante o confronto, a maioria deles civis (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2014 às 17h25.
Cairo - Ministros das Relações Exteriores árabes apoiaram o apelo do presidente palestino, Mahmoud Abbas, à Organização das Nações Unidas (ONU) para definir um prazo para que Israel dê fim à ocupação de territórios capturados na guerra de 1967 e abra espaço a um Estado palestino independente.
O embaixador palestino no Egito, Jamal al-Shobaki, disse nesta segunda-feira que uma resolução emitida no domingo pede que a Liga Árabe faça pressão em favor do apelo no Conselho de Segurança da ONU e em outros grupos regionais e internacionais.
Al-Shobaki disse que os ministros estão discutindo o projeto da resolução.
Abbas fez circular a ideia no mês passado, no auge do conflito entre Israel e palestinos na Faixa de Gaza, como uma maneira de concentrar a atenção internacional nas demandas palestinas por um Estado independente, após esforços fracassados para chegarem a um acordo de paz com os israelenses.
Mais de 2,1 mil palestinos morreram durante o confronto, a maioria deles civis.
Do lado israelense, 72 pessoas foram mortas.
Al-Shobaki disse que o apelo à ONU segue a linha de outras resoluções internacionais em relação ao estabelecimento de um Estado palestino e o reconhecimento das fronteiras de 1967 como base para negociação.
Ele afirmou, porém, que um veto norte-americano é possível no Conselho de Segurança.
Com a oposição de Israel à retomada de suas fronteiras anteriores a 1967, o país deve recorrer aos EUA para frustrar a proposta.
"Essa é uma batalha política", ele disse. O embaixador afirmou que Washington, ao buscar uma aliança internacional para combater o terrorismo na região, deveria reconhecer que a negação de um Estado palestino é usada por militantes para alimentar o radicalismo.
"Dar aos palestinos seus direitos será refletido na estabilidade da região", disse al-Shobaki.
Se houver um veto, ele disse, os palestinos vão dar prosseguimento ao projeto de se unirem à Corte Criminal Internacional, onde poderiam acusar Israel por crimes de guerra.
Fonte: Associated Press.