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Estado Islâmico usa crianças em atentados, diz ONU

Cerca de 700 crianças foram mortas ou mutiladas no Iraque desde o começo do ano, muitas delas usadas em ataques suicidas pelo grupo jihadista


	Membros do Estado Islâmico: maioria das vítimas tem menos de 13 anos
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Membros do Estado Islâmico: maioria das vítimas tem menos de 13 anos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 14h38.

Cerca de 700 crianças foram mortas ou mutiladas no Iraque desde o início deste ano, muitas delas usadas em atentados suicidas pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI), informou nesta segunda-feira Leila Zerrougui, representante especial da ONU para a infância e conflitos armados.

"Os jihadistas usam crianças em idade que dificilmente chega a 13 anos para levar armas, manter lugares estratégicos e prender civis (...) Outras crianças participam em ataques suicidas", afirmou Zerrougui em uma sessão do Conselho de Segurança para tratar do tema

Zerrougui também citou o recrutamento de crianças soldados pelas milícias aliadas ao governo iraquiano, ao mesmo tempo em que acusou o governo iraquiano de prender inúmeras crianças sem motivos claros.

"Estou consternada com o desprezo total pela vida humana demonstrado pelo Estado Islâmico durante seu rápido avanço na Síria e no Iraque", destacou ainda.

Ela falou ainda do efeito terrível que o conflito em Gaza terá sobre as crianças e assinalou que mais de 700 crianças palestinas morreram e 3.106 ficaram feridas ou mutiladas na ofensiva do exército israelense.

Também denunciou os abusos contra crianças na Nigéria pelo grupo islamita Boko Haram, e igualmente na Líbia, Afeganistão, República Centro-africana, Mali e Sudão do Sul.

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