Mundo

Estado Islâmico tem US$ 3,6 bi para financiar ações terroristas pelo mundo

A fortuna foi arrecadada em doações, em negócios e na cobrança de impostos em territórios dominados pelo grupo

EI: o dinheiro que financia a máquina de propaganda do EI vem sendo usado na resistência dos jihadistas na Síria e no Iraque (Clodagh Kilcoyne/Reuters)

EI: o dinheiro que financia a máquina de propaganda do EI vem sendo usado na resistência dos jihadistas na Síria e no Iraque (Clodagh Kilcoyne/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de abril de 2018 às 12h09.

Paris - O Estado Islâmico tem US$ 3,6 bilhões para financiar ações terroristas, sua resistência na Síria e no Iraque e sua reorganização em "filiais" pelo mundo.

A fortuna foi arrecadada em doações, em negócios e na cobrança de impostos em territórios dominados pelo grupo. A estimativa foi divulgada em Paris, em conferência com 80 ministros de Estado e mais de 500 especialistas.

O Brasil participou do encontro com uma delegação liderada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pelo general Sergio Westphalen Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, e pelo ministro da Justiça, Torquato Jardim.

A conferência foi realizada a portas fechadas, mas os principais números acabaram divulgados. O principal diz respeito ao "tesouro de guerra" de US$ 3,6 bilhões, de acordo com serviços de inteligência europeus. O montante seria o maior jamais reunido por um único grupo terrorista.

Em grande parte, o dinheiro que financia a máquina de propaganda do EI vem sendo usado na resistência dos jihadistas na Síria e no Iraque. Além disso, "filiais" do grupo na África continuam a receber e a movimentar recursos por meio de casas de câmbio, cartões pré-pagos e moedas virtuais.

"O combate às finanças terroristas não tem sido bem-sucedido. Não se trata apenas dos bancos. Também há o dinheiro líquido, a dominação territorial, o tráfico e o comércio ilegal, a renda legal e o pequeno crime", explicou Peter Neumann, professor do Kings College, de Londres. "É preciso ser mais aberto, criativo e honesto no combate."

Entre as medidas a serem adotadas estão a criminalização de ações financeiras, além de maior transparência e capacidade de rastrear o dinheiro sujo.

"O terrorismo não tem fronteiras. Ele exige uma resposta global", disse Angel Guria, secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoIraqueSíria

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado