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Estado Islâmico publica vídeo com decapitação de britânico

Esta é a terceira execução de um refém ocidental por parte do EI em poucas semanas, após a morte de dois jornalistas americanos na Síria

Britânico David Haines momentos antes de sua execução por um militante do Estado Islâmico (SITE Intelligence Group/AFP)

Britânico David Haines momentos antes de sua execução por um militante do Estado Islâmico (SITE Intelligence Group/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2014 às 23h36.

Washington - O Estado Islâmico (<strong><a href="https://exame.com.br/topicos/ei">EI</a></strong>) anunciou a decapitação do refém britânico David Haines, em represália à entrada da Grã-Bretanha na coalizão formada para combater o grupo extremista jihadista, revelou neste sábado o centro americano de monitoramento da Internet (SITE).</p>

Em um vídeo publicado na Web, Haines é decapitado por um combatente com o rosto coberto. Esta é a terceira execução de um refém ocidental por parte do EI em poucas semanas, após a morte de dois jornalistas americanos na Síria.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, reagiu imediatamente qualificando a execução de "assassinato vil e repulsivo". "Faremos tudo ao nosso alcance para encurralar estes assassinos e fazer com que respondam por seus atos, não importa o tempo que isto leve".

"Penso na família de David Haines, que mostrou uma força e uma coragem extraordinárias diante deste desafio", revelou Cameron.

Os parentes de Haines haviam apelado aos sequestradores pela vida do voluntário britânico. "Somos a família de David Haines. Enviamos mensagens, mas não recebemos nenhuma resposta. Pedimos aos que mantêm David detido que entrem em contato conosco".

No vídeo da execução, sob o título de "Mensagem aos Aliados da América", o grupo jihadista reprova a Grã-Bretanha por aderir à coalizão liderada pelos Estados Unidos para combater o Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.

"Vocês entraram voluntariamente nesta coalizão com os Estados Unidos contra o Estado Islâmico, como vosso predecessor Tony Blair fez antes de vocês, seguindo uma tendência dos primeiros-ministros britânicos que não têm coragem de dizer não aos americanos", diz o carrasco em mensagem dirigida ao governo de David Cameron.

O homem encapuzado, que parece ser o mesmo carrasco dos jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff, afirma que a aliança contra o EI "acelerará vossa destruição e afundará os cidadãos britânicos em outra guerra sangrenta e perdida".

O carrasco ameaça ainda executar outro refém britânico em poder do EI.

O escocês Haines, 44 anos, foi sequestrado em março de 2013, quando atuava como voluntário em trabalhos humanitários na Síria.

Haines, que fazia trabalho humanitário desde 1999, cooperava com a ONG francesa Acted como responsável logístico no campo de refugiados de Atmeh, um povoado sírio perto da fronteira turca.

No início de setembro, o Estado Islâmico divulgou outro vídeo, com a decapitação do jornalista americano Steven Sotloff, quando ameaçou executar Haines.

Sotloff, 31, que usava um uniforme laranja, foi degolado de joelhos no deserto por um combatente encapuzado do EI que utilizou uma faca.

A execução também foi atribuída à ação dos Estados Unidos contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

Sotloff se identifica em inglês e com calma explica que paga o preço pela política de Obama. Seu executor também fala em inglês.

"Estou de volta, Obama, e estou de volta por causa de sua arrogante política externa em relação ao Estado Islâmico", afirma o jihadista, em aparente referência a um vídeo anterior no qual o jornalista americano James Foley é executado da mesma forma.

O vídeo do assassinato de Foley foi divulgado em agosto, depois que o presidente Barack Obama ordenou ataques aéreos contra o EI.

Obama informou na quarta-feira passada que ampliará à Síria a campanha aérea contra o EI, em andamento no Iraque desde 8 de agosto, e que fornecerá ajuda às forças armadas iraquianas e aos rebeldes moderados sírios que combatem tanto o regime de Bashar al-Assad quanto o Estado Islâmico.

Na próxima segunda-feira, em Paris, uma conferência "reunirá os sócios internacionais e regionais" para organizar a luta contra o Estado Islâmico.

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