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Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2014 às 21h51.
Beirute - O grupo extremista Estado Islâmico publicou nesta segunda-feira uma entrevista com Muath Al-Kaseasbeh, piloto da Jordânia capturado na última semana após o avião em que estava cair no norte da Síria. O homem de 26 anos é o primeiro piloto militar estrangeiro a cair nas mãos dos extremistas desde que a coalizão internacional começou a campanha aérea contra o grupo em setembro.
Em uma entrevista de perguntas e respostas curtas publicada na revista mensal online do Estado Islâmico, Al-Kaseasbeh disse que seu avião de combate foi derrubado por um míssil próximo a Raqqa, nas margens do rio Eufrates, no norte da Síria. O piloto afirmou que a aeronave caiu no rio, onde ele foi capturado por combatentes do grupo extremista.
O porta-voz do governo da Jordânia Mohammad Al-Momani afirmou que viu a entrevista, mas se recusou a comentar.
Autoridades militares dos EUA negaram que o grupo extremista foi responsável pela queda da aeronave da Jordânia. O general do Comando Central norte-americano, Lloyd Austin, afirmou que os EUA não irão tolerar as tentativas do Estado Islâmico de " deturpar ou explorar essa infeliz queda de avião para os seus próprios interesses".
Na revista, o Estado Islâmico também elogia o ataque realizado num café em Sydney, na Austrália, há duas semanas. Dois reféns e o homem responsável pelo ataque, Man Haron Monis, foram mortos.
O iraniano Monis tem 50 anos, é autointitulado clérigo do islã e tem uma longa lista de antecedentes criminais. Durante o ataque no café em Sydney, Monis exibiu uma bandeira com inscrições islâmicas. O Estado Islâmico fez um apelo para que os muçulmanos ao redor do mundo realizem ataques e matem infieis no Ocidente, inclusive na Austrália.