Bandeira do Estado Islâmico: curdos foram capturados enquanto atravessavam áreas nos arredores da cidade síria de Kobani (Jm Lopez/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2014 às 08h53.
Beirute - O grupo militante Estado Islâmico libertou 93 curdos sírios capturados em fevereiro durante o avanço dos jihadistas do norte da Síria para o vizinho Iraque, disse nesta terça-feira um grupo que monitora o conflito.
O Estado Islâmico sequestrou cerca de 100 pessoas acusadas de serem integrantes do grupo curdo adversário dos militantes Partido de União Democrática (PYD), de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, sediado na Grã-Bretanha. Não ficou claro porque elas foram soltas.
Alvo de ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos na Síria e no Iraque, o Estado Islâmico soltou todos menos seis reféns curdos na Síria na segunda-feira, disse o Observatório.
Os que permaneceram detidos foram acusado de roubo, e o Estado Islâmico disse que vai cortar fora a mão direita deles como punição, acrescentou o Observatório, que reúne informações por meio de uma rede de fontes.
Os curdos foram capturados enquanto atravessavam áreas nos arredores da cidade síria de Kobani, na fronteira com a Turquia, em uma estrada a caminho do Curdistão iraquiano. O Estado Islâmico também enfrenta combatentes curdos no Iraque.
Dezenas de milhares de curdos sírios usaram a rota a caminho do Iraque este ano para escaparem do avanço do Estado Islâmico na Síria. Nas últimas semanas, o Estado Islâmico intensificou o ataque a Kobani e arredores.
Entre os curdos soltos na segunda-feira, 53 conseguiram chegar à Turquia, e a localização dos outros 40 é desconhecida, disse o Observatório. Os militantes ainda mantêm cerca de 70 curdos como reféns, acrescentou o grupo.