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Estado Islâmico lança ataques à cidade síria de Hassake

A batalha pela cidade começou em 30 de maio e segue nesta sexta-feira com duros combates entre as forças do regime e o EI, de acordo com Observatório Sírio


	Morador é socorrido após um ataque da aviação síria à cidade de Aleppo: O exército sírio controla os subúrbios do sul de Hassake e "segue mobilizando" reforços, afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH
 (AFP / Karam Al-Masri)

Morador é socorrido após um ataque da aviação síria à cidade de Aleppo: O exército sírio controla os subúrbios do sul de Hassake e "segue mobilizando" reforços, afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH (AFP / Karam Al-Masri)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2015 às 14h00.

O grupo Estado Islâmico (EI) executou nesta sexta-feira uma série de ataques contra o exército sírio na cidade de Hassake, uma importante capital provincial do nordeste da Síria, cuja queda constituiria um novo revés para o regime de Bashar Al-Assad.

A batalha por Hassake começou em 30 de maio e segue nesta sexta-feira com "duros combates entre as forças do regime e o EI nos arredores da cidade, onde a aviação bombardeia intensamente as posições jihadistas", de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

A queda desta cidade daria ao EI o controle de uma segunda capital provincial síria depois de Raqa (norte), seu principal reduto neste país devastado por quatro anos de guerra.

Também seria a terceira capital de uma província a ser perdida pelo regime, uma vez que a cidade de Idleb (noroeste) está nas mãos da Al-Qaeda e de rebeldes desde 28 de março.

O exército sírio controla os subúrbios do sul de Hassake e "segue mobilizando" reforços, afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.

Várias famílias desses bairros fugiram para as áreas sob controle curdo no norte e oeste da cidade.

"Neste momento os curdos não participam dos combates porque a batalha ainda não chegou a seu setor", indicou o diretor da ONG.

O jornal sírio Al-Watan, próximo do regime, criticou a falta de envolvimento das forças curdas na batalha, se dizendo "surpreso pela fraqueza de alguns irmãos curdos" para defender Hassake.

Desde o início da batalha de Hassake, ao menos 130 pessoas morreram, segundo o OSDH: 71 do lado do regime e 59 jihadistas, incluindo 11 suicidas a bordo de carros-bomba, a arma predileta do EI.

Até o momento, o EI se apoderou de uma prisão, da estação de distribuição de energia e de posições militares perto de Hassake.

100 mortos em 48 horas

Em outras partes do país, apesar das condenações da ONU, o regime de Bashar al-Assad intensificou nas últimas semanas sua campanha de bombardeios aéreos em regiões controladas pelos rebeldes, causando a morte de 94 civis, incluindo 20 crianças e 16 mulheres nas últimas 48 horas.

De acordo com o OSDH, o regime quer punir os civis que residem nas zonas rebeldes após perder nos últimos meses terreno no norte do país para a rede Al-Qaeda e seus insurgentes aliados, que enfrentam por sua vez o grupo Estado Islâmico.

A maior parte das vítimas morreu na província de Aleppo (norte), controlada em grande parte pelos rebeldes.

Para abordar a questão do vizinho Iraque, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reunirá com o primeiro-ministro Hader al-Abadi na Alemanha, onde participará da cúpula do G7 a partir de domingo.

No campo de batalha, os jihadistas estão recorrendo cada vez mais a carros ou caminhões cheios de explosivos, o que permitiu-lhes, por exemplo, conquistar Ramadi, a capital da província ocidental de Al-Anbar.

Coma a demora das forças iraquianas de lançar uma contra-ofensiva para retomar a cidade, Abadi reconheceu que era arriscado entrar em Ramadi precisamente em razão dos "caminhões-bomba".

Enfrentando críticas sobre a estratégia da coalizão para deter o avanço do EI após a perda de Ramadi, Washington defendeu o saldo da campanha de bombardeio começou em Setembro de 2014.

Apesar das críticas sobre a estratégia da coalizão para frear o avanço do EI após a perda de Ramadi, Washington defendeu o balanço da campanha de bombardeios iniciada em setembro de 2014.

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