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Estado Islâmico cria agência para mulheres que querem casar

Os jihadistas decidiram abrir uma agência matrimonial dirigida a mulheres que desejam se casar com combatentes do grupo


	Chefe do EI, Abu Bakr Al-Baghdadi: "missão é receber solteiras e viúvas", diz ONG
 (AFP)

Chefe do EI, Abu Bakr Al-Baghdadi: "missão é receber solteiras e viúvas", diz ONG (AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 12h45.

Beirute - Após a implantação de "excursões organizadas" nas áreas sob seu controle no Iraque e na Síria, os jihadistas do Estado Islâmico decidiram abrir uma "agência matrimonial" dirigida a mulheres que desejam se casar com combatentes do grupo ultrarradical.

"O Estado Islâmico inaugurou na cidade síria de Al-Bab um escritório cuja missão é receber as mulheres solteiras e viúvas que desejam se casar com combatentes do EI", informou nesta segunda-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

A ONG cita os habitantes de Al-Bab, uma cidade da província de Aleppo sob o controle do grupo ultrarradical que reivindica as piores atrocidades, como decapitações, apedrejamentos e crucificações de seus inimigos.

"As candidatas devem registrar seu nome e endereço no pedido e, em seguida, os combatentes do EI vão bater na porta de suas casas e pedi-las oficialmente em casamento", diz o OSDH.

O EI decidiu recentemente promover o "turismo" na região que controla entre a Síria e o Iraque.

E organiza duas vezes por semana turnês entre Raqa, no norte da Síria, e a província de al-Anbar, no oeste do Iraque, a bordo de um ônibus que exibe sua bandeira preta.

No final de junho, o EI, um grupo fundamentalista que pretende voltar ao islamismo do tempo do profeta, proclamou um "califado" islâmico.

Apesar dos milhares de jihadistas que lutam em suas fileiras e o impacto midiático sobre sua ação extremamente violenta, o EI adota uma interpretação do Islã que é marginal no mundo muçulmano.

O grupo nasceu no Iraque em 2006, antes de se espalhar para a Síria, com o início da rebelião contra o regime de Bashar al-Assad, há três anos.

Desde 2013, está envolvido em uma guerra contra os rebeldes que o acusam de extorsão e de "roubar" a sua revolta contra o regime.

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