Mundo

Estado Islâmico cerca monte Sinjar, no Iraque

"O monte está cercado" e os jihadistas "tentam escalar a montanha a pé para enfrentar os voluntários yazidis", disse um dos defensores da região

Combatentes curdos: eles ajudaram refugiados no Sinjar a ir para a vizinha Síria (AFP)

Combatentes curdos: eles ajudaram refugiados no Sinjar a ir para a vizinha Síria (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2014 às 19h32.

O grupo Estado Islâmico (EI) voltou a cercar o monte Sinjar, no norte do Iraque, onde milhares de yazidis se abrigaram em agosto passado, fugindo dos jihadistas - informaram autoridades locais nesta quarta-feira.

"O monte está cercado" e os jihadistas "tentam escalar a montanha a pé para enfrentar os voluntários yazidis", disse Dawud Jundi, um dos responsáveis pelas forças que defendem a região, por telefone à AFP.

"Há quase 2000 famílias, em condições muito ruins, no monte Sinjar", afirmou, acrescentando que as forças locais têm apenas "armas leves" para se defender.

Depois do primeiro cerco, os civis refugiados no Sinjar - yazidis em sua maioria - conseguiram ser levados para a vizinha Síria com a ajuda de combatentes curdos sírios.

Agora, essa estrada se encontra bloqueada.

O cerco marcou uma etapa importante na luta contra o EI, ao provocar a adesão dos Estados Unidos ao conflito, com o lançamento de ataques aéreos a partir de 8 de agosto.

Nos últimos meses, o EI conseguiu conquistar amplas faixas do território iraquiano.

Segundo Mahma Khalil, outra autoridade das forças locais, houve confronto em vários flancos da montanha nesta quarta.

A ofensiva do EI começou na segunda-feira, quando cerca de 300 jihadistas em veículos blindados atacaram e tomaram povoados próximos para depois se voltar para o monte Sinjar.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoIraqueIslamismoSunitasTerrorismo

Mais de Mundo

Tesla reduz preços e desafia montadoras no mercado automotivo chinês

Alemanha prepara lista de bunkers e abrigos diante do aumento das tensões com a Rússia

Relatório da Oxfam diz que 80% das mulheres na América Latina sofreram violência de gênero

Xi Jinping conclui agenda na América do Sul com foco em cooperação e parcerias estratégicas