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Estado Islâmico assume autoria de ataques em Bagdá

Há sinais de que o impasse que paralisou o Parlamento iraquiano pode finalmente estar chegando ao fim diante da ameaça representada pelo EI


	Integrantes do Estado Islâmico: grupo muçulmano sunita se apoderou de grandes áreas da Síria e do Iraque
 (AFP)

Integrantes do Estado Islâmico: grupo muçulmano sunita se apoderou de grandes áreas da Síria e do Iraque (AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 12h54.

Bagdá - Militantes islâmicos assumiram a responsabilidade por ataques suicidas em Bagdá, e há sinais de que o impasse que paralisou o Parlamento iraquiano pode finalmente estar chegando ao fim diante da ameaça representada pelo "Estado Islâmico", que tomou o controle de grande parte do país.

O grupo muçulmano sunita, que se apoderou de grandes áreas da Síria e do Iraque, postou na Internet fotos de dois homens com lenços cobrindo seus rostos, posando com metralhadoras diante da bandeira preta e branca do Estado Islâmico. Eles foram identificados como os homens-bomba que se explodiram em Bagdá e seriam do Líbano e da Líbia.

Cinco pessoas morreram na primeira explosão em um café no bairro Washash na noite de domingo. Quatro policiais e três civis foram mortos no dia seguinte em um posto de controle em Kadhimiya, um bairro do norte.

Ambos os bairros são predominantemente muçulmanos xiitas, o que aumenta o medo de que capital possa retornar aos dias de conflitos sectários de 2006 e 2007.

Bagdá tinha sido palco de poucos ataques em comparação com a violência em outras áreas atingidas pela ofensiva-relâmpago do Estado Islâmico no mês passado.

As esperanças de que a paralisação política em Bagdá chegaria ao fim com a formação de um novo governo para enfrentar a insurgência foram frustradas na segunda-feira, quando o Parlamento adiou a sua próxima reunião por cinco semanas. No entanto, essa decisão foi revertida 24 horas depois.

Na terça-feira, o presidente em exercício do novo Parlamento, Mehdi al-Hafidh, disse que o legislativo vai antecipar a sessão para domingo, em vez de 12 de agosto, como fora divulgado na segunda-feira.

"Qualquer atraso pode pôr em risco a segurança do Iraque e seu curso democrático e aumentar o sofrimento do povo iraquiano", disse o presidente do Parlamento.

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